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App oferece pagamento com criptomoedas em troca de fotos das suas fezes

Com proposta inusitada, aplicativo Doop quer usar inteligência artificial para avaliar saúde dos usuários a partir das fezes enviadas

Criptomoedas: aplicativos oferece recompensa em troca de fotos (iStock/Getty Images)

Criptomoedas: aplicativos oferece recompensa em troca de fotos (iStock/Getty Images)

João Pedro Malar
João Pedro Malar

Editor do Future of Money

Publicado em 20 de agosto de 2025 às 12h00.

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O aplicativo Doop estreou recentemente no mercado com uma proposta inusitada: oferecer criptomoedas como recompensa para usuários que enviarem fotos das suas próprias fezes. A ideia, bastante incomum, envolve ainda o uso de inteligência artificial para avaliar as fotos e oferecer dicas para que o usuário melhore a sua saúde intestinal.

O plano é que os usuários ganhem as criptomoedas a partir de uma constância no envio das fotos, com os ativos servindo tanto como incentivo quanto recompensa. As imagens serão analisadas por um agente de IA, que então estabelece "desafios" para o usuário cumprir.

O objetivo final é que a pessoa melhore a sua saúde intestinal a partir da adoção de novos hábitos no dia a dia. O aplicativo está atualmente em uma fase de testes e deve começar a ser disponibilizado para o público até o final do ano. Os criadores do app disseram que já atraíram investidores, mas não informaram os valores captados.

A criptomoeda que será usada como recompensa é a POOP, que foi criada no blockchain Solana. Lançada em julho deste ano, o ativo apresenta no momento uma capitalização de mercado na casa dos US$ 6 milhões, pequena para os padrões do setor. Os ativos também serão distribuídos após o sucesso nos "desafios".

Polêmicas do projeto

Em entrevista ao site Decrypt, os criadores do app disseram que a ideia surgiu após lerem estudos que mostram a importância de manter uma boa saúde intestinal, apesar de muitas pessoas ignorarem essa necessidade e raramente procurarem um acompanhamento médico.

Os estudos foram usados como base para o treinamento da inteligência artificial que analisa as fotos enviadas pelos usuários. Entretanto, especialistas reforçam que a análise de imagem, sozinha, não é suficiente para apresentar um diagnóstico clínico de possíveis problemas intestinais, servindo mais como um ponto de partida.

Os criadores do Doop também afirmaram que pretendem começar a monetizar e comercializar os dados de usuários quando eles chegarem a 500 mil usuários mensais. Eles disseram que os dados serão anonimizados para respeitar a privacidade do público.

O foco será em vender os dados para instituições de pesquisa, empresas que oferecem seguro-saúde e companhias que vendem suplementos alimentares. O usuário poderá deletar os dados enviados para o aplicativo a qualquer momento. Ainda não está claro se a ideia atende a leis de privacidade e segurança de dados.

A meta dos criadores é criar a "maior base de dados fecais do mundo". Até o momento, porém, nenhum especialista da área de saúde referendou o projeto.

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