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Repórter do Future of Money
Publicado em 6 de dezembro de 2024 às 10h50.
Última atualização em 6 de dezembro de 2024 às 11h14.
O bitcoin atingiu uma nova máxima histórica na última quinta-feira, 5, em US$ 103.900. A faixa dos US$ 100 mil era muito aguardada por investidores e especialistas, principalmente depois que a maior criptomoeda do mundo entrou em uma verdadeira disparada com a vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais dos Estados Unidos, no último dia 6 de novembro. No entanto, pouco tempo depois de chegar em US$ 103.900, o bitcoin voltou a cair.
No momento, a criptomoeda é cotada a US$ 98.582, com queda de 4,5% nas últimas 24 horas, de acordo com dados do CoinMarketCap. O bitcoin chegou a “despencar” ainda mais para US$ 94 mil na noite da última quinta-feira, 5.
"No dia de ontem, o bitcoin enfrentou uma significativa volatilidade. Após inicialmente romper a aguardada marca dos US$100 mil, o ativo voltou a recuar desse nível psicológico crucial, resultando em uma queda acentuada de mais de US$6 mil em apenas 3 minutos no final da tarde", disseram os analistas de research da Mynt, plataforma cripto do BTG Pactual, João Galhardo e Matheus Parizotto.
Apesar disso, a maior criptomoeda do mundo ainda acumula alta de 33% nos últimos trinta dias e 54,5% de dominância de mercado, de acordo com dados do CoinMarketCap.
O movimento de correção percebido desde a última quinta-feira pode sinalizar uma realização de lucros por parte de investidores. Anteriormente, especialistas em criptoativos já haviam alertado para a possibilidade.
Michael Novogratz, CEO da Galaxy Digital, afirmou recentemente que o bitcoin pode cair até 20% depois de superar a casa dos US$ 100 mil, chegando em US$ 80 mil.
“Realizar lucro agora ou não depende da estratégia de cada um. O mercado está subindo muito e muita gente deve estar pensando em realização, principalmente quem comprou na baixa. Só pode vender caro quem comprou barato. Para mim o mercado ainda tem espaço para crescer, mas depende muito do gerenciamento de risco de cada um”, disse Lucas Josa, especialista em criptoativos do BTG Pactual, no último Morning Call Crypto na quinta-feira, 5.
Além de um possível movimento de realização de lucro, especialistas da Mynt explicaram que havia um grande volume de alavancagem no mercado.
"Grande parte desse movimento de correção pode ser explicado pelos altos níveis de alavancagem que vinha sendo observado nos últimos dias, conforme indicado pelo Open Interest e Funding Rate dos contratos futuros de bitcoin", disseram João Galhardo e Matheus Parizotto.
"Esse cenário de alta alavancagem tornou o mercado mais vulnerável a movimentos bruscos de preço. Quando o Bitcoin caiu rapidamente, muitas posições alavancadas atingiram seus níveis de margem, forçando a liquidação automática dessas posições", acrescentaram.
"Apesar da correção de mais de 10% entre a máxima e a mínima registrada ontem, demonstrando um aumento expressivo na volatilidade, o preço do bitcoin já opera estável na manhã dessa sexta-feira, 6, com esse movimento podendo ser interpretado como um processo saudável de desalavancagem", disseram os analistas de research da Mynt.
"É provável que o preço do bitcoin passe por um período de lateralização nos próximos dias, estabilizando após a intensa movimentação recente. Entretanto, a tendência de alta de médio e longo prazo para o ativo continua intacta, com o Bitcoin permanecendo em um momento favorável do ciclo para acumular posições", concluíram.
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