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Após recordes consecutivos, preço do bitcoin despenca: vai continuar caindo?

Bitcoin bateu recordes consecutivos de preço ao longo dos últimos dias, mas chega ao fim da semana em queda significativa; entenda

 (Reprodução/Reprodução)

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Mariana Maria Silva
Mariana Maria Silva

Repórter do Future of Money

Publicado em 15 de março de 2024 às 10h41.

Especialistas e investidores ficaram animados com os recordes consecutivos de preço do bitcoin ao longo dos últimos dias. No entanto, desde a noite da última quinta-feira, 14, a maior criptomoeda do mundo apresenta um movimento significativo de queda, colocando em dúvida as expectativas otimistas recentes.

Ao longo da madrugada entre quinta-feira e esta sexta-feira, 15, o preço do bitcoin chegou a cair para US$ 65.630.

No momento, o bitcoin é cotado a US$ 67.791, com queda de 6,66% nas últimas 24 horas, de acordo com dados do CoinMarketCap. Apesar do recuo, a principal criptomoeda ainda acumula alta de 60% desde o início do ano.

“O fundo feito pelo bitcoin na noite da última quinta-feira, 14, em US$ 68.600, se torna o suporte mais importante para se observar durante o fim de semana. Caso o preço perca esse suporte, é bem provável que inicie uma nova onda de baixa que pode ir de US$ 65 a 63 mil”, havia previsto Fernando Pereira, analista da Bitget na última quinta-feira, 14.

O que aconteceu? O bitcoin vai continuar caindo?

Beto Fernandes, analista da Foxbit, explicou o cenário econômico atual e a sua relação com a queda do bitcoin:

“Os dados macroeconômicos nos Estados Unidos azedaram o dia do bitcoin. O mercado até digeriu bem o leve avanço da inflação ao consumidor, no início da semana. Mas a inflação ao produtor acelerou bem mais rápido do que o esperado, colocando todos os setores de risco em correção, e valorizando o dólar.

Apesar de não mudar muito a perspectiva do mercado em relação aos juros norte-americanos para a próxima reunião, esses dados inflacionários levantam dúvidas se um corte na taxa pode acontecer ainda no primeiro semestre.

Já os fundamentos específicos do bitcoin mostram que, além dos ETFs, há um grande foco no halving, que deve ocorrer em meados de abril. Enquanto os mineradores seguem enviando cada vez mais bitcoins às exchanges para a realização de lucros, a taxa de hash atinge um novo máximo histórico, mostrando que muitas máquinas estão operando para acumular o maior volume possível da criptomoeda antes do corte na emissão.

O mercado de derivativos também sofreu com a queda de preços. Nas últimas 24 horas, quase US$ 300 milhões em contratos futuros de compra foram liquidados pelo segundo dia consecutivo. Mesmo assim, a taxa de financiamento médio permanece no 0,04%, indicando que a especulação está aquecida e potencialmente alavancada.”

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