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"Apoio a cripto como questão eleitoral veio para ficar", diz Coinbase; ações dispararam 30%

Gigante do setor cripto fez doações políticas divididas entre Democratas e Republicanos, mas surfa onda de otimismo após eleição de Trump

Mariana Maria Silva
Mariana Maria Silva

Repórter do Future of Money

Publicado em 7 de novembro de 2024 às 09h30.

Última atualização em 7 de novembro de 2024 às 09h37.

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A vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais norte-americanas na última quarta-feira, 6, movimentou o mercado cripto. Aquele que se autointitulou “criptopresidente” e prometeu transformar os Estados Unidos na “capital mundial de cripto” alimentou o otimismo de investidores e especialistas para sua nova gestão, fazendo o bitcoin alcançar recordes consecutivos de preço.

A Coinbase, única corretora de criptomoedas listada em bolsa nos Estados Unidos, também surfou essa onda de otimismo. As ações da gigante cripto dispararam mais de 30% na última quarta-feira, ultrapassando até mesmo a alta do próprio bitcoin no período.

Cripto e a política norte-americana

“A Coinbase não adota uma posição política, mas sabemos que os defensores de cripto votam. Quase 90% dos 1,7 milhão de defensores do Stand with Crypto estavam registrados para votar nessas eleições, após 75% em 2020, e 81% em 2016. Está claro que o apoio à cripto como uma questão eleitoral não partidária veio para ficar – seu apoio se estende desde eleitores focados em uma única questão até questões centrais das eleições, como a economia e segurança nacional”, disse Fábio Plein, diretor regional da Coinbase para as Américas.

Durante a campanha eleitoral, a Coinbase realizou diversas doações políticas através das famosas “PACs”. No entanto, o valor doado não teve um único destino. De acordo com o site OpenSecrets, a empresa fez doações divididas entre os partidos Republicano e Democrata.

Sua maior doação, de US$ 46,5 milhões, foi para o FairShake PAC, que não seleciona suas doações de acordo com partidos políticos, mas as direciona para candidatos pró-cripto “comprometidos em garantir que os Estados Unidos seja a casa de inovadores construindo a nova geração da internet”, de acordo com o site do FairShake.

“Seja qual fosse o resultado dessa eleição, nós sabíamos que os próximos anos seriam cruciais para a legislação sobre cripto - e serão. Está claro que os atuais representantes eleitos, que podem decidir o futuro da tecnologia, também dependem dos eleitores cripto para se manterem no cargo. Candidatos pró-cripto sabem que a base de eleitores cripto é a próxima geração de votantes – e eles estão aqui para ficar”, acrescentou Fábio Plein em um comentário enviado à EXAME.

“Esperamos que os candidatos eleitos de fato se posicionem a favor de uma atualização do mercado financeiro, principalmente para as próximas gerações, superando sistemas mais antiquados, que acabam não incluindo todas as pessoas”, concluiu o executivo.

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