Dados podem demonstrar crescimento no setor cripto (metamorworks/Getty Images)
As empresas do universo cripto captaram US$ 21 bilhões em 2022, segundo um levantamento da plataforma de dados em blockchain CoinGecko e informações do site DeFi Llama. Apesar do número ser 42% menor que em 2021 graças a um mercado de baixa apelidado de “inverno cripto”, o valor ainda pode ser bastante significativo para o setor.
Em 2022, os dados demonstram que o investimento em empresas de criptomoedas encolheu trimestre a trimestre (QoQ). US$ 8,72 bilhões foram levantados no primeiro trimestre (-41,8% QoQ), após um desempenho excepcionalmente forte de captação de recursos no último trimestre de 2021.
Já nos trimestres subsequentes, o investimento diminuiu, com empresas levantando progressivamente menos em US$ 5,92 bilhões no segundo trimestre (-32,0% QoQ), US$ 3,61 bilhões no terceiro trimestre (-38,9% QoQ) e, por fim, US$ 2,99 bilhões no quarto trimestre (-17,1% QoQ).
Se em 2021 o investimento em empresas que têm as criptomoedas como principal negócio bateu o recorde de US$ 37 bilhões, no ano seguinte este número despencou para US$ 21 bilhões, junto com a cotação das principais criptos no que ficou conhecido como “inverno cripto”.
O bitcoin, maior criptomoeda do mundo, apresentou queda de cerca de 65%, por exemplo, e a capitalização do setor saiu de patamares trilionários para a casa dos 800 bilhões.
Em contraste, o primeiro trimestre de 2021 começou com US$ 5,58 bilhões levantados (+229,2% no trimestre). O crescimento significativo da indústria foi claramente refletido por um aumento montante de dinheiro fluindo para empresas de cripto a cada trimestre: o segundo trimestre de 2021 registrou US$ 7,43 bilhões levantados (+33,2% QoQ), seguido por US$ 8,99 bilhões no terceiro trimestre (+20,9% QoQ), e o último trimestre fechou o ano com um pico de US$ 15 bilhões (+66,8% QoQ).
Enquanto o ano de 2022 foi marcado por acontecimentos negativos dentro e fora do mercado cripto, investidores esperam que 2023 seja diferente. Os dados do estudo da CoinGecko podem ajudar a colaborar para essa expectativa, já que mesmo em queda, o investimento em empresas cripto no último ano ainda foi melhor do que nos últimos mercados de baixa, em 2018 e 2020.
2022 teve uma série de problemas de escala global, como a alta na inflação, guerras e falências de grandes empresas como a FTX. No entanto, este não foi o primeiro “inverno cripto” que o setor teve de enfrentar e, pelo visto, também não foi o pior.
Em comparação, o inverno cripto anterior causou uma queda ainda mais acentuada no financiamento, com empresas levantando apenas US$ 4,48 bilhões em 2019, ou caindo 72,3% em relação aos US$ 16,22 bilhões arrecadados em 2018. US$ 4,40 bilhões no total, segundo informações do CoinGecko e DeFi Llama.
Com isso, é possível que investidores retomem o otimismo em 2023, incentivados pelo desempenho relativamente melhor em 2022, pois isso pode sinalizar o crescimento do mercado de criptomoedas nos últimos cinco anos, apoiado por mais projetos que garantem apoio financeiro e aumentam o interesse de investidores institucionais.
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