Bitcoin subiu 13% (FroYo_92/Getty Images)
Redação Exame
Publicado em 16 de fevereiro de 2023 às 18h46.
Os mercados globais têm lateralidade essa semana, após a divulgação do último CPI que veio em linha com o esperado. O S&P500 tem 1,05% de alta, enquanto o dólar global subiu 0,20%. O bitcoin segue resiliente em uma semana marcada pela intensa briga da SEC e as principais empresas relacionadas ao criptoverso.
O S&P 500 lateralizou perto da resistência em 4.130,00. A tendência do curto prazo é de alta, com cruzamento das médias móveis de 21 e 50 períodos, indicando aumento da pressão compradora. A tendência de médio prazo é de baixa, mas perdeu força com o movimento de recuperação recente.
As próximas resistências são 4.375,00 e 4.650,00. Os vendedores podem voltar a ganhar força na perda do suporte em 4.000,00 (média móvel de 200 períodos).
O bitcoin descolou dos principais ativos de risco na última semana. Os últimos três dias acumularam valorização de mais de aproximadamente 13%, conforme a indústria ganha espaço em relação à SEC nas últimas discussões. No gráfico diário, temos cruzamento de alta entre a média móvel de 21 e 50 períodos, sinalizando aumento da pressão compradora.
No curto prazo, a tendência é de alta e voltou a ganhar força, com próxima resistência em US$ 32.000. É importante lembrar que a tendência de médio prazo é de baixa e o movimento atual ainda não apresentou força o suficiente para provocar a reversão das quedas de 2022.
O ether, criptomoeda nativa da rede Ethereum, também fez movimento de recuperação essa semana, com alta de aproximadamente 12,40%. Apesar do movimento forte, esperávamos uma recuperação melhor, uma vez que o ether tende a ter mais volatilidade do que o bitcoin.
Na parte técnica, o gráfico diário mostra tendência de alta no curto prazo e o preço encontrou suporte na média móvel de 200 períodos em US$ 1.450 nas correções de semana passada. As próximas resistências que estamos observando é US$ 1.800 (topo de setembro de 2022) e US$ 2.050 (topo de agosto de 2022).
A nossa conclusão é que o bitcoin mostrou uma resiliência interessante, uma vez que os ativos de risco perderam força na última semana e as discussões em relação à SEC poderiam ter provocado aumento da pressão vendedora, por conta do aumento do cenário de incertezas frente aos criptoativos.
O movimento de recuperação que acompanhamos no curto prazo não parece ter sinais técnicos de estar terminando. É importante ressaltar que os topos anteriores são resistências relevantes e irão testar o apetite dos compradores. O cenário de uma SEC mais dura e queda no S&P500/Nasdaq poderiam provocar a reversão do movimento.
*Lucas Costa é mestre em administração e economista pela Universidade Federal de Juiz de Fora, atuou como pesquisador acadêmico e professor nas temáticas de blockchain, criptomoedas e comportamento de consumo, sendo um dos fundadores do grupo de pesquisa Blockchain UFJF. Foi operador de câmbio em mesa proprietária com foco em análise técnica, e trader pessoa física em mercado futuro. Atualmente, é analista técnico CNPI do BTG Pactual digital, e apresenta a sala ao vivo de análises de maior audiência do Brasil.
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