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Análise: bitcoin voltou a ter tendência de alta no curto prazo com crise nos EUA

Decisão do Federal Reserve de oferecer suporte aos bancos em crise trouxe otimismo para o mercado, com injeção de liquidez

Bitcoin voltou a ter tendência de valorização (Reprodução/Reprodução)

Bitcoin voltou a ter tendência de valorização (Reprodução/Reprodução)

Da Redação
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Redação Exame

Publicado em 14 de março de 2023 às 17h35.

Por Lucas Costa*

A semana é tensa para os mercados, repercutindo a crise de liquidez enfrentada por alguns bancos regionais dos Estados Unidos. A situação coloca pressão na decisão de política monetária do Federal Reserve para o próximo encontro do dia 22 de março e questiona os malefícios da escalada de juros que observamos para conter o avanço da inflação.

A decisão de oferecer suporte aos bancos em crise trouxe otimismo para o mercado, uma vez que representa uma injeção de liquidez e provoca o aumento de probabilidade de diminuição do ritmo de elevação de juros. Desde então, observamos um aumento significativo do market cap desde 10 de março, representando montagem de posições e provocando aumento da pressão compradora.

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(TradingView/Reprodução/Reprodução)

O S&P 500 teve desvalorização de 2,80% no mês de fevereiro e o DXY (dólar global) teve alta de 2,81%. Na próxima sexta feira, teremos o relatório de emprego não agrícola (Payroll), que mostra a situação do mercado de trabalho norte americano.

Na última leitura, o indicador mostrou a criação de 517 mil novas vagas, sinalizando mercado de trabalho aquecido e provocando o aumento das pressões inflacionárias. A expectativa é que a próxima leitura indique patamares mais baixos. Surpresas altistas podem provocar um aumento da pressão vendedora no S&P 500.

O aumento de complexidade do ambiente macro para os ativos de risco acaba pressionando o bitcoin e outros criptoativos, uma vez que eles são mais sensíveis em relação à mudança das políticas de juros. O aumento da interação do mercado cripto com a indústria financeira tradicional faz com que os movimentos sejam bastante correlacionados.

O S&P500 tem aumento da pressão vendedora na última semana. No gráfico diário, o preço falhou em romper o topo anterior em 4.170,00 e a ponta vendedora ganhou força na perda do fundo anterior em 3.960,00. O mercado tem tendência de baixa no médio prazo e no curto prazo temos lateralidade, enquanto o suporte dos 3.823,00 não for testado. O cenário em 2023 segue bastante desafiador para os ativos de risco, com juros em patamar elevado e inflação persistente. A pressão no S&P500 pode impactar negativamente os criptoativos.

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O bitcoin teve uma reação forte e subiu mais de 25% desde a última sexta-feira, 10. O movimento de recuperação veio após o anúncio de que o Fed irá ajudar as empresas financeiras que estão enfrentando crise de liquidez, como o Silicon Valley Bank (SVB), por meio de um financiamento adicional às instituições depositária. No gráfico diário, o preço testou a média móvel de 200 períodos em US$ 19.740 e os compradores voltaram a atuar de forma intensa, com formação de máximas e mínimas mais altas.

A resistência dos US$ 25 mil está sendo testada e seu rompimento pode levar o principal criptoativo para negociar próximo do topo de junho de 2022, em US$ 32 mil. Destacamos que nos últimos dias o bitcoin chegou a negociar mais de 200% o seu volume médio na Bistamp. A tendência de curto prazo voltou para alta e esperamos continuidade do movimento no rompimento do topo de agosto de 2022.

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(TradingView/Reprodução/Reprodução)

O ether também teve uma reação forte na última semana, ainda que em menor magnitude. O contexto do médio prazo é lateral, enquanto não temos o rompimento de topos ou fundos significativos do gráfico semanal. A próxima resistência é US$ 1.800 e seu rompimento pode levar ao teste dos US$ 2.050. A média móvel de 21 períodos deve cruzar a média móvel de 50 períodos nos próximos dias, sinalizando aumento da pressão de compra.

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(TradingView/Reprodução)

*Lucas Costa é mestre em administração e economista pela Universidade Federal de Juiz de Fora, atuou como pesquisador acadêmico e professor nas temáticas de blockchain, criptomoedas e comportamento de consumo, sendo um dos fundadores do grupo de pesquisa Blockchain UFJF. Foi operador de câmbio em mesa proprietária com foco em análise técnica, e trader pessoa física em mercado futuro. Atualmente, é analista técnico CNPI do BTG Pactual digital, e apresenta a sala ao vivo de análises de maior audiência do Brasil.

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