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Análise: bitcoin acompanha recuperação de mercados globais e pode voltar a subir

Principal criptomoeda sinaliza recuperação, mas precisará se manter acima de US$ 18,2 mil para voltar a subir, aponta analista do BTG Pactual

Maior criptomoeda do mundo acompanha mercados globais (Reprodução/Unsplash)

Maior criptomoeda do mundo acompanha mercados globais (Reprodução/Unsplash)

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Da Redação

Publicado em 4 de outubro de 2022 às 17h43.

Última atualização em 4 de outubro de 2022 às 18h03.

Por Lucas Costa*

Os mercados globais têm se recuperado nesta semana. Os últimos dois meses foram de queda para os mercados globais e fortalecimento do dólar, com o S&P 500 caindo aproximadamente 9,00% e o DXY valorizando cerca de 3,20%.

O movimento que acompanhamos parte de um aumento do sentimento de aversão ao risco, com os bancos centrais sinalizando a possibilidade de manutenção de taxas de juro elevadas por mais tempo. Nesse cenário, o dólar ganhou força e pressionou o movimento das criptos para baixo, que são percebidos como ativos de maior risco.

O mês de outubro começou diferente, com recuperação do S&P 500, após a falha de rompimento do fundo de junho de 2022 em 3.640,00. A tendência do índice é de queda no médio prazo, mas no curto prazo temos correção até as médias móveis, com próximas resistências em 3.900,00 e 4.050,00.

O dólar global (DXY) teve correção nos últimos cinco dias, impactado por recuperação expressiva do euro e libra. A descompressão de risco observada nos últimos dois dias foi considerada positiva para o bitcoin, levando a principal cripto negociar novamente perto dos US$ 20 mil.

(Mynt/Divulgação)

O gráfico diário do bitcoin possui tendência de baixa no médio prazo e lateralidade no curto prazo. O preço ainda trabalha abaixo da média móvel de 21 e 50 períodos, que são resistências importantes do movimento vigente. A região dos US$ 18 mil atuou novamente como suporte e a falha de rompimento mostra interesse comprador nesses níveis de preço. A continuidade da recuperação pode levar ao teste do último topo em US$ 22,5 mil e US$ 25,05 mil.

O gráfico de 4 horas permite uma análise mais detalhada do movimento e das regiões de maior concentração de oferta e demanda para o criptoativo. O topo formado em 27 de setembro é uma região importante e seu rompimento pode configurar a primeira formação de topo mais alto que o anterior.

As regiões de pressão vendedora são caracterizadas por rejeição do preço, com sequência de barras vendedoras e deslocamento forte. A expectativa é que o preço se comporte de forma similar nos próximos testes, uma vez que os players precisam terminar de executar as suas vendas, pressionando o preço para baixo. Acompanhamos esse comportamento próximo dos US$ 22,5 mil e US$ 25 mil. O principal suporte é o fundo dos US$ 18,2 mil.

O cenário de curto prazo do bitcoin é de novas tentativas de recuperação, caso o movimento de alta dos mercados globais continue. A sustentação acima dos US$ 18,2 mil mostra que essa região é um ponto crucial a ser defendido nos próximos dias.

(TradingView/Reprodução)

*Lucas Costa é mestre em administração e economista pela Universidade Federal de Juiz de Fora, atuou como pesquisador acadêmico e professor nas temáticas de blockchain, criptomoedas e comportamento de consumo, sendo um dos fundadores do grupo de pesquisa Blockchain UFJF. Foi operador de câmbio em mesa proprietária com foco em análise técnica, e trader pessoa física em mercado futuro. Atualmente, é analista técnico CNPI do BTG Pactual digital, e apresenta a sala ao vivo de análises de maior audiência do Brasil.

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