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Ainda dá tempo de começar a investir em bitcoin? Descubra

A partir de uma análise do mercado atual, entenda se você deve ir às compras ou se já perdeu a chance de lucrar neste ciclo de alta

 (Reprodução/Reprodução)

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Felippe Percigo
Felippe Percigo

Especialista em criptoativos

Publicado em 23 de junho de 2024 às 11h00.

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Aposto que você está se perguntando que rumo, afinal, o bitcoin vai tomar. Estamos passando por uma correção e as dúvidas colocam em xeque o mercado de alta. Será que o topo já foi atingido e agora é só queda?

O ciclo é de alta, mas isso não significa que as criptomoedas só engatem alta após alta infinitamente. Basta você olhar os gráficos e perceber que as trajetórias não são linhas retas.

Mesmo um ciclo de alta navega entre valorizações e correções, muitas vezes “andando de lado” ou lateralizado, formando um padrão horizontal no gráfico.

Poucas pessoas conhecem a fase de acumulação, resultante desse movimento lateral, de baixa volatilidade, no qual os ativos tendem a se estabilizar dentro de uma faixa relativamente estreita.

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No gráfico abaixo, dentro do retângulo, vemos uma lateralização que nos acompanha desde o final de fevereiro até agora.

O que acontece? É como se o ativo ficasse espremido nessa faixa estreita, ganhando energia para estourar para algum dos lados.

De fevereiro para cá, o bitcoin chegou a atingir US$ 74 mil, caiu para US$ 57 mil e está no meio do caminho decidindo o que vai acontecer.

Por que ainda estou confiante no mercado cripto?

Vamos ampliar a nossa visão. A tabela abaixo, do Bitcoin Treasuries, mostra a distribuição do bitcoin entre entidades. Ela apresenta as participações de BTC em empresas públicas e privadas (“public companies” e “private companies”), empresas de mineração (BTC mining companies), ETFs, países (countries) e DeFi (finanças descentralizadas).

Como vocês podem ver, hoje, existem 90 instituições (“entities”) que detêm bitcoin, com mais de 2,626 milhões de moedas (“# of BTC”). Isso significa 12,5% de todos os bitcoins (limitados a 21 milhões de unidades).

Entre os países maiores detentores de bitcoin, estão os EUA, em primeiro lugar, com mais de 207 mil bitcoin, seguido de China, Reino Unido, Alemanha e Ucrânia. Juntos, possuem US$ 36 bilhões no ativo.

A participação dos ETFs é de 5%, como apontado na tabela acima (BitcoinTreasuries.com). Agora, dando um zoom na categoria, notamos que só a BlackRock tem US$ 20 bilhões na cripto. Abaixo, uma lista dos ETFs detentores de bitcoin (“ETFs that Own Bitcoin”).

A tabela está organizada por organizada por Entidade (“entity”), Símbolo/Bolsa (“symbol/exchange”), Quantidade de BTC (“# of BTC”), Valor Hoje (“Value Today”) e porcentagem do fornecimento total de 21 milhões de bitcoin (“ % of 21m).

No tema ETFs, acho interessante o investidor acompanhar também o ETF Flows, que apresenta o fluxo nos ETFs. No caso específico abaixo, o fluxo está relacionado ao ETF de bitcoin à vista (Spot Bitcoin). (Fonte: The Block)

Conseguimos observar a quantidade de capital que entra e sai dos ETFs. É possível perceber que, desde maio, estamos tendo muito mais entradas que saídas.

Bitcoin Accumulation Trend Scores

Outro indicador que uso sempre é o Bitcoin Accumulation Trend Scores.

Nele, a gente consegue visualizar a tendência de acumulação de bitcoin por parte dos institucionais. (Fonte: Glassnode)

Como sinalizado no gráfico, notamos um acúmulo em março de 2023, seguido de um período lateralizado, com poucas compras.

Já em novembro de 2023, passamos a um novo momento de acumulação e, desde então até pouco depois da aprovação do ETF de bitcoin à vista, ocorrida em janeiro deste ano, fica clara mais uma grande acumulação por parte dos institucionais. Aumento esse que foi seguido de outra estabilização e, no atual momento, uma nova acumulação.

Para vocês entenderem, o índice vai de 0 a 1 e, na marcação mais recente, está posicionado em 0,19, depois de ficar um bom tempo próximo do 1. Isso sinaliza que os investidores institucionais estão melhorando sua visão, mais abertos a procurar compreender os benefícios de investir em bitcoin.

Para fechar, trago o MVRV (Market Value to Realized Value), uma métrica on-chain que indica quando um ativo está sendo negociado acima ou abaixo do seu preço justo. Falo com detalhes sobre ele na coluna que você pode ler aqui.

De forma resumida, quando o MVRV (gráfico a seguir) está abaixo de 1, em geral, sugere que o bitcoin está subvalorizado e acima de 3,5 indica sobrevalorização.

O indicador no momento em que escrevo marca 2,13. Historicamente, nunca foi muito alto, então podemos considerar que estamos na média, reforçando que não temos com o que nos preocupar.

Não só esses que citei, mas também outras métricas que revisito com frequência, sinalizam que estamos no meio de um ciclo e que, de fato, não há nada anormal.

Agora, respondendo, enfim, a pergunta que inspirou a coluna: ainda dá tempo de entrar em bitcoin?

Eu continuo acumulando e guardando os meus bitcoins, e incentivo os meus alunos a fazer o mesmo.

Agora, sobre as altcoins e as quedas atuais, o que vou falar pode parecer contraintuitivo, mas o que poucos entendem é que esses são os melhores momentos de compra.

Existem altcoins como Chainlink (LINK), por exemplo, que já viu uma boa valorização nesse ciclo, mas ainda está muito longe do topo de 2021. Hoje, está custando cerca de US$ 14, enquanto seu recorde de preço é US$ 52.

Eu estou confiante que veremos uma grande explosão nos preços nas próximas semanas ou meses. Então, dá tempo, sim, de montar as suas posições. Estude e faça escolhas conscientes!

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