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Redação Exame
Publicado em 6 de abril de 2025 às 10h06.
A evolução das transações digitais, impulsionada por pagamentos instantâneos e serviços financeiros acessíveis via smartphone, trouxe conveniência sem precedentes. No entanto, essa revolução também aumentou significativamente os riscos de fraude e ataques cibernéticos.
O Brasil, por exemplo, é o segundo maior mercado de pagamentos instantâneos do mundo, sendo responsável por 14% das transações globais. Com essa ascensão digital, os criminosos evoluíram suas técnicas, combinando ataques tecnológicos com engenharia social sofisticada para manipular usuários e explorar vulnerabilidades.
Diante desse cenário dinâmico e desafiador, a segurança cibernética exige uma abordagem revolucionária. A resposta está em agentes de IA – uma evolução da inteligência artificial que vai além da análise preditiva, atuando de maneira autônoma para detectar, mitigar e neutralizar ameaças em tempo real.
Há diversos tipos de agentes de IA que podem agregar nos sistemas tradicionais de segurança baseados em machine learning por sua capacidade de tomar decisões autônomas e executar ações preventivas de forma dinâmica, sem necessidade de intervenção humana.
Operando em um modelo de agentes interconectados, monitoram comportamentos anômalos e correlacionam eventos suspeitos em diferentes camadas do sistema financeiro. Eles podem executar respostas automáticas em frações de segundo, bloqueando transações fraudulentas ou restringindo acessos comprometidos antes que o dano ocorra.
Além disso, aprendem com cada ataque detectado, ficando mais resilientes e refinando suas capacidades preditivas ao longo do tempo. Estes agentes também interagem com equipes humanas, garantindo uma abordagem híbrida em que IA e especialistas trabalhem juntos para uma proteção mais eficaz.
Atualmente, a combinação nuvem + agentes de IA oferece a segurança cibernética em seu mais alto potencial. A computação em nuvem desempenha um papel fundamental na evolução da segurança digital, uma vez que permite o processamento de volumes massivos de dados e a aplicação de modelos de IA escaláveis, viabilizando a implementação de sistemas com agentes de IA em larga escala.
Hoje, as soluções de segurança em nuvem possuem diversas capacidades. Elas analisam trilhões de eventos por mês, identificando anomalias em tempo real. Utilizam criptografia avançada e autenticação multifatorial para fortalecer a proteção dos dados. Além disso, executam simulações preditivas, que permitem prever novas táticas de ataque antes mesmo de serem empregadas pelos criminosos.
Na AWS, a segurança é nossa prioridade número um. O serviço, que opera um modelo de responsabilidade compartilhada, processa mais de 1 bilhão de eventos por dia e rastreia um quatrilhão de eventos por mês – um número de 15 zeros!
E a próxima fronteira na evolução da segurança digital será a IA autônoma. Com a ascensão dos agentes de IA, estamos entrando em uma era onde a resposta às ameaças cibernéticas será cada vez mais proativa e automatizada. Isso significa que sistemas bancários e financeiros não dependerão mais exclusivamente de regras predefinidas ou de respostas reativas.
A próxima geração de segurança digital será baseada em sistemas autônomos, capazes de agir como guardiões digitais 24/7, tomando decisões precisas e impedindo ataques antes mesmo que se concretizem.
O futuro da proteção financeira já está sendo moldado pelos agentes de IA. As instituições que adotarem essa tecnologia primeiro estarão à frente, garantindo não apenas a segurança dos seus sistemas, mas também a confiança e a tranquilidade dos seus clientes.
* Rodrigo Bessa é diretor do segmento de Serviços Financeiros da AWS Brasil. Há mais de sete anos na empresa, já liderou as áreas de Startups e Negócios Nativos Digitais. Formado em Economia, Bessa tem 20 anos de experiência na indústria de TI, parte deles como líder de organizações na Ásia e Europa. Iniciou sua carreira como trader de derivativos e ações da Bolsa de Valores.
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