Consultores financeiros estão adotando os ETFs de bitcoin “mais rápido do que qualquer nova categoria de fundos na história”, afirmou Matt Hougan, diretor de investimentos da gestora de ativos Bitwise, em uma publicação no X, antigo Twitter, em que refletiu sobre o intenso crescimento desse grupo de fundos negociados em bolsa.

A publicação de Hougan foi uma resposta a outro post, feito pelo analista Jim Bianco, que caracterizou a adoção de ETFs da criptomoeda entre consultores financeiros como “pequena”, observando que aproximadamente 85% da adesão aos fundos “não vem das instituições tradicionais”.

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De acordo com Hougan, o ETF de bitcoin da BlackRock atraiu US$ 1,45 bilhão em aportes líquidos provenientes de consultores financeiros. Bianco "chama isso de 'pequeno' porque é uma fração dos US$ 46 bilhões que fluíram para ETFs de bitcoin no total", disse ele.

“A verdade é que os consultores de investimentos estão adotando os ETFs mais rápido do que qualquer outra categoria de ETF na história”, disse Hougan. “O fato é que seus fluxos históricos são ofuscados pelas compras ainda mais históricas de outros investidores".

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Consultores financeiros — que vão de consultores de investimentos registrados independentes (RIAs) a grandes corretoras, como Morgan Stanley — são um segmento de mercado crucial para a adoção, aceitação e crescimento dos ETFs de criptomoedas nos Estados Unidos.

Federico Brokate, que chefia os negócios nos Estados Unidos da 21Shares, uma emissora de ETFs de criptomoedas, disse ao Cointelegraph em agosto que consultores financeiros controlam coletivamente até 50% dos fluxos de investimentos em fundos, mostrando a importância desse grupo.

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Tendências de longo prazo também apontam para a continuidade da adoção de ETFs de bitcoin entre consultores financeiros. Em agosto, o Morgan Stanley, o maior gestor financeiro dos EUA, autorizou seus 15 mil consultores a iniciar a recomendação de investimentos nesses fundos.

Além disso, segundo Nate Geraci, presidente da The ETF Store, os quatro maiores lançamentos de ETFs até agora neste ano são todos ETFs da criptomoedas, indicando uma adoção relevante no mercado.

Barreiras persistem

Apesar desse crescimento, ainda existem barreiras significativas. De acordo com pesquisa da Cerulli Associates, mais de 55% dos RIAs “não têm expectativa de utilizar ou discutir investimentos em criptomoedas com seus clientes em nenhum momento no futuro” e apenas 2,6% estão ativamente recomendando cripto aos clientes.

Ainda assim, “se excluíssemos todos os outros fluxos e considerássemos apenas os US$ 1,45 bilhão vinculados a consultores de investimentos, o ETF da BlackRock seria o segundo de crescimento mais rápido lançado neste ano dentre mais de 300”, ressaltou Hougan.