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Adeus USDT? Tether avalia lançar nova stablecoin para cumprir com regulação dos EUA

CEO da responsável pela maior stablecoin de dólar do mercado não descarta criação de nova criptomoeda para garantir presença nos EUA

João Pedro Malar
João Pedro Malar

Repórter do Future of Money

Publicado em 7 de abril de 2025 às 16h54.

Última atualização em 7 de abril de 2025 às 17h34.

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A Tether, empresa responsável pela emissão da USDT, avalia a criação de outra stablecoin pareada ao dólar em um futuro próximo. Segundo Paolo Ardoino, CEO da empresa, o motivo é a possibilidade de os Estados Unidos adotarem uma regulação que impeça o uso da criptomoeda no país.

Atualmente, a USDT é a maior criptomoeda pareada ao dólar do mercado, sendo responsável sozinha por mais da metade de toda a capitalização do segmento de stablecoins. Entretanto, o ativo tem enfrentado desafios regulatórios na Europa e nos Estados Unidos.

No caso europeu, a Tether corre o risco de perder a autorização de oferecer a USDT na União Europeia devido aos requisitos em torno de stablecoins que compõem o MiCA, a regulação do bloco para ativos digitais. A possibilidade já fez algumas corretoras retirarem a opção de investimento no ativo para clientes europeus.

Já no caso dos Estados Unidos, o governo do presidente Donald Trump despontou como um defensor e incentivador das stablecoins e quer aprovar uma regulamentação específica para o segmento ainda em 2025. Mas um dos elementos da lei proposta pode inviabilizar a USDT no país.

O projeto atual estabelece uma série de critérios sobre a emissão de stablecoins pareadas ao dólar, leis que precisam ser cumpridas e os custodiantes possíveis para as reservas que garantem a paridade entre a criptomoeda e a moeda americana. Para analistas, essas regras podem atingir a USDT em cheio.

Mesmo assim, Paolo Ardoino não deu sinais de uma preocupação sobre a possibilidade. O CEO da Tether disse que, se for necessário, a empresa estaria disposta a criar uma stablecoin específica para operar no mercado americano e garantir o cumprimento à regulação do país.

Ardoino não descarta a hipótese de que a USDT seja banida nos Estados Unidos, obrigando a companhia a criar uma stablecoin específica para atender às exigências do país. Na visão do CEO, a USDT tende a ser uma criptomoeda mais usada em países emergentes.

"Nós acreditamos que nossa principal stablecoin é perfeita para mercados emergentes, mas nós podemos construir uma stablecoin para pagamentos que funcione nos EUA. Nós precisamos ter dois produtos com duas propostas de valor diferentes", resumiu o executivo.

A visão indica que a Tether não deve abandonar a USDT, mas deve se concentrar no uso do ativo em outros países, evitando problemas em jurisdições como os Estados Unidos e a Europa. Atualmente, a USDT é a criptomoeda mais negociada por investidores brasileiros.

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