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Adesão ao bitcoin e ao ether cresceu apesar de inverno cripto, aponta estudo

Analistas observam que o número de endereços com uma das criptomoedas aumentou mais de 27% em 2022

Para estudo, "The Merge" ajudou a aumentar a adesão à criptomoeda ether (Bruno Faiotto/Exame)

Para estudo, "The Merge" ajudou a aumentar a adesão à criptomoeda ether (Bruno Faiotto/Exame)

Apesar do inverno cripto em 2022 — com uma queda generalizada nos preços das criptomoedas — o crescimento da adoção dos investidores ao segmento não perdeu fôlego. É o que apontam os dados de um levantamento realizado pelo site CoinGecko, que mostra que o número de endereços com mais de 0,1 bitcoin e 1 ether cresceu mais de 27% no ano mesmo com a crise no mercado.

O levantamento aponta que, em 1º de janeiro de 2022, 3,29 milhões de endereços tinham mais que 0,1 bitcoin. No primeiro trimestre, o número final foi de 3,4 milhões, mas foi no quarto trimestre que o maior valor foi atingido: 4,2 milhões. Ao mesmo tempo, a cotação do ativo caiu de US$ 46,3 mil para US$ 16,6 mil.

O quadro foi semelhante para o ether. Em 1º de janeiro, eram 1,3 milhão de endereços com mais de 1 ether, passando para 1,41 milhão no primeiro trimestre e encerrando o ano em 1,73 milhões. Já a cotação da criptomoeda da rede Ethereum passou de US$ 3,6 mil para US$ 1,1 mil.

Os valores de 0,1 bitcoin e 1 ether foram escolhidos como referência pelo CoinGecko pois eles foram o equivalente a, no mínimo, US$ 1 mil ao longo de todo o ano. Os endereços com esse valor de bitcoin cresceram 27,5%, e os de ether, 28,1%.

Considerando a variação trimestral, o crescimento dos endereços de bitcoin foi de, em média, 7,3%, enquanto a média da queda nos preços foi de 25%. No caso do ether, a alta média trimestral foi de 7% para o número de endereços, enquanto o preço recuou 18,7%.

"Isso sugere que os participantes do mercado estão acumulando ou mantendo seus investimentos em criptomoedas, o que, por sua vez, sinaliza confiança no futuro do setor. O aumento de endereços também indica potencialmente mais participantes entrando no espaço e impulsionando a adoção de criptomoedas", destaca o relatório.

O CoinGecko aponta ainda que o quarto trimestre teve a maior taxa de adoção de cripto em termos de crescimento de endereços, mesmo em um cenário econômico adverso e com o colapso da exchange FTX, que até novembro era a segunda maior do setor.

Nos últimos três meses de 2022, os endereços com mais de 0,1 bitcoin passaram de 3,83 milhões para 4,2 milhos, uma alta de 9,7%. Já em relação ao ether, o aumento foi de 10,4%, passando de 1,57 milhão para 1,73 milhão.

O relatório atribui o crescimento maior do ether a uma boa receptividade do mercado após a atualização "The Merge", que mudou o mecanismo de consenso da criptomoeda. Além disso, ele cita as expectativas para a próxima atualização, chamada de Shanghai, que deve liberar os saques de ethers depositados na rede.

Mesmo com a adoção ao ether crescendo mais, o bitcoin segue sendo a criptomoeda mais popular no mercado. Em termos absolutos, o crescimento de endereços com o ativo foi o quase dobro do que com o ether, e o número de endereços é 2,4 vezes maior.

Na visão do CoinGecko, uma possível razão para essa popularidade é que "é que o bitcoin se destina a ser 'ouro digital' e, portanto, mais comumente usado como uma reserva de valor. Além disso, o bitcoin tem uma vantagem de ser pioneiro na adoção de cripto, já que ele foi criado em 2009 e precedeu o Ethereum em seis anos".

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