Future of Money

Ações serão substituídas por tokens em blockchain, dizem especialistas

Convidados para debate sobre criptoativos, especialistas do mercado financeiro dizem que papeis de empresas serão substituídos por tokens em blockchain

Painel; Bolsa; iBovespa; B3
 (Germano Lüders/Exame)

Painel; Bolsa; iBovespa; B3 (Germano Lüders/Exame)

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Gabriel Rubinsteinn

Publicado em 12 de novembro de 2020 às 21h04.

Última atualização em 13 de novembro de 2020 às 11h02.

Convidados para discutir o mercado de criptoativos no Future of Money — evento da EXAME para discutir inovação financeira e o futuro do dinheiro, que acontece até 30 de novembro —, especialistas do setor foram unânimes: o mercado de ações será criptográfico no futuro próximo.

"As ações serão criptográficas com certeza. Eu sou mais velho, então peguei a época das ações ao portador, depois escritural, depois digital, então é natural. O Banco Central diz que vai fazer o real digital, então é natural que as ações sejam criptográficas também. O aumento na eficiência da transação é fantástico. O risco de liquidação, em cripto, é zero. Não tem como competir. O sistema legado não consegue competir com o sistema de cripto", disse Alexandre Vasarhelyi, do BLP Asset.

"A chance de acontecer é de 100%. A estrutura em si vai virar cripto. As ações não vão mais ser negociadas só na B3, mas na NYSE, peer-to-peer, em qualquer lugar. É uma tendência natural. O ganho de produtividade é muito superior", opinou Marcelo Sampaio, da Hashdex, maior gestora de fundos de criptoativos do país.

Os especialistas acreditam que uma eventual demora para essa mudança se dará apenas pela necessidade de ajustes regulatório para que o modelo seja possível: "O gargalo não é tecnológico, passa por regulação, desintermediação. Não é uma questão de 'se', mas de quando, e com qual intensidade. Talvez num primeiro momento isso aconteça em uma solução híbrida, mas vai acontecer", disse Safiri Felix, da ABCripto.

Fernando Carvalho, da QR Capital, tem opinião semelhante: "O gatilho para isso acontecer com certeza é regulatório. Mas reforço: em alguns anos, não vamos falar que 'o papel da Petrobrás caiu ou subiu', vamos falar que 'o token da Petrobrás caiu ou subiu'. É questão de tempo e evolução da regulação".

Transformar papéis de empresas em tokens permitiria a negociação dos mesmos em qualquer lugar do mundo, sem a necessidade de intermediários. "É o sonho do capitalismo, liquidez total e mobilidade de ativos", finalizou Vasarhelyi.

Para assistir à íntegra do debate, mediado pelo head de criptoativos da EXAME, Nicholas Sacchi, é só clicar no player abaixo. E para conferir a programação completa e se inscrever no Future of Money para não perder nenhuma das próximas live, clique aqui.

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