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Acionistas da Microsoft rejeitam plano de investimento em bitcoin

Proposta argumentava que bitcoin tinha potencial como uma reserva de valor para a gigante de tecnologia, mas conselho recomendou rejeição

João Pedro Malar
João Pedro Malar

Repórter do Future of Money

Publicado em 10 de dezembro de 2024 às 14h42.

Última atualização em 10 de dezembro de 2024 às 14h44.

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Os acionistas da Microsoft rejeitaram nesta terça-feira, 10, uma proposta que obrigaria a gigante de tecnologia a investir em bitcoin. Apesar do mercado avaliar que as chances de rejeição eram altas, havia uma avaliação de que a aprovação do plano poderia contribuir para a intensificação do ciclo de valorização da criptomoeda.

A proposta foi apresentada pelo Centro Nacional de Pesquisa em Políticas Públicas. Como a organização é acionista da empresa, a proposta precisou ser considerada pelos outros acionistas na reunião anual da companhia. O conselho da empresa recomendou que o plano fosse rejeitado.

O principal argumento dos conselheiros era que a volatilidade do bitcoin ainda é muito alta para justificar um investimento pela Microsoft. Em um comunicado, a empresa explicou que a possibilidade de investir na criptomoeda "já foi cuidadosamente considerada" pelos executivos da gigante de tecnologia em outras ocasiões.

Já os defensores do plano argumentavam que o bitcoin poderia ser uma alternativa de investimento para a Microsoft como reserva de valor, considerando a forte valorização do ativo no longo prazo. Eles citavam, ainda, a MicroStrategy como um exemplo de empresa que passou a investir na criptomoeda e viu suas ações dispararem recentemente.

Caso a proposta fosse referendada pelos acionistas, analistas afirmavam que o episódio representaria uma nova validação do bitcoin e poderia impulsionar a sua adoção institucional pelo simbolismo em torno da gigante de tecnologia, potencialmente impactando positivamente no preço do ativo. Não havia a expectativa, porém, que a Microsoft fosse investir quantias significativas.

João Galhardo, analista da Mynt, a plataforma cripto do BTG Pactual, comenta que "o resultado já era amplamente esperado, considerando a recomendação do board da Microsoft de rejeitar a proposta, citando preocupações com volatilidade e alinhamento com sua estratégia de investimentos mais conservadora".

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Sobre a queda do bitcoin nesta terça-feira, 10, o analista avalia que ela não está ligada à rejeição da proposta: "O desempenho recente do bitcoin está mais relacionado a uma correção técnica saudável após a forte valorização dos últimos meses do que à decisão da Microsoft".

"A retração reflete a realização de lucros em um movimento esperado dentro de uma tendência de alta ainda intacta, respaldada pelo crescente interesse institucional e pela crescente consolidação da narrativa do bitcoin como reserva de valor digital", ressalta.

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