(Aave/Divulgação/Divulgação)
Redação Exame
Publicado em 16 de novembro de 2024 às 11h00.
Nos últimos anos, o mercado de finanças descentralizadas (DeFi) revolucionou o setor financeiro, e a Aave lidera como uma das principais plataformas de empréstimos e financiamentos cripto. Seu diferencial? Oferecer serviços semelhantes aos bancos, mas sem intermediários.
Aave, que significa “fantasma” em finlandês, oferece um sistema disruptivo que atua como um “banco digital”, onde usuários podem emprestar e tomar emprestado criptoativos de forma rápida e segura sem precisar da aprovação de um ‘gerente’ ou outro intermediário.
Outro destaque da Aave é seu sistema de garantia: em vez de checar o crédito, o usuário oferece criptomoedas, como bitcoin ou ether, como colateral. Esse modelo de overcollateralization protege ambas as partes e evita a necessidade de centralização.
Para utilizar os serviços, basta conectar sua carteira descentralizada, como a MetaMask, escolher a rede de preferência, como Ethereum, Avalanche ou Polygon, e selecionar a cripto que você gostaria de emprestar ou tomar emprestado. Simples assim!
Para usar a plataforma, basta conectar sua carteira, como a MetaMask, selecionar a rede e escolher o ativo que deseja emprestar ou tomar emprestado. Simples assim!
Além disso, o token AAVE oferece governança e permite que os usuários votem em mudanças e melhorias na plataforma. Neste momento, seu token está avaliado em US$ 163.
Atualmente, o mercado de criptoativos conta com uma capitalização de aproximadamente US$ 2,5 trilhões, enquanto o ouro, por exemplo, é avaliado em torno de US$ 18 trilhões. Nos próximos anos, é bastante provável que o mercado cripto cresça em tamanho e importância, consolidando-se como um tipo de ativo relevante nos portfólios de grandes fundos, governos e investidores tradicionais. Especificamente o bitcoin, por sua vez, é cada vez mais visto como uma versão digital do ouro — ainda mais escassa, de fácil armazenamento (dispensando cofres ou serviços de segurança física) e de transferência simplificada.
Com a aprovação dos ETFs de bitcoin em 2023 e a eleição do presidente Trump, cujo discurso é favorável às criptomoedas, vislumbrar um mercado de ativos digitais que se aproxime do tamanho do mercado de ouro já não soa exagerado. Um mercado cripto alcançando US$ 9 trilhões não parece uma hipótese absurda, especialmente com a adoção crescente por parte de empresas e investidores individuais, que hoje ainda se concentra em early adopters.
Dentro desse cenário, protocolos de destaque como o Aave, um dos principais projetos DeFi, especificamente de empréstimo de cripto de pessoa para pessoa, têm potencial para acompanhar esse crescimento e até mesmo triplicar seu valor de mercado atual. Isso poderia elevar o preço do token AAVE para perto de sua máxima histórica, por volta de US$ 600 no ciclo de alta de 2021. Isso faria o token ter uma alta de mais de 200% (esse ano mesmo já dobrou de valor saindo de US$ 81 para US$ 184).
Em comparação, o índice S&P 500, que reflete o desempenho das 500 maiores empresas dos Estados Unidos, registrou uma valorização média de apenas 10% nos últimos três anos, destacando o potencial de retorno significativamente maior que o AAVE e outros ativos cripto podem oferecer.
De acordo com dados do DefiLama, a Aave possui mais de US$ 25 bilhões em depósitos, o que é extremamente relevante para o setor DeFi.
Comparada aos gigantes financeiros tradicionais, a Aave ainda está distante. Por exemplo, o Bank of America possui mais de US$ 2,55 trilhões em depósitos, enquanto o JP Morgan detém cerca de US$ 3,5 trilhões, segundo dados do Fed. Mas, na verdade, isso é uma grande oportunidade!
O grande diferencial da Aave está em sua capacidade de oferecer serviços globais com acesso instantâneo e sem burocracia, algo ainda fora do alcance da maioria dos bancos. Se atingir uma escala comparável às grandes instituições, o impacto sobre o mercado de DeFi e a valorização do token poderiam ser massivos!
Uma estratégia comum entre investidores é utilizar criptomoedas como BTC ou ETH como garantia para pegar dólares emprestados (stablecoins) e reinvestir esse valor. Essa técnica permite comprar mais criptoativos sem precisar aumentar o investimento inicial em dinheiro. Se o valor das criptos adquiridas se valorizar, o lucro obtido pode ser usado para quitar o empréstimo e ainda gerar ganhos.
Aqui vai a dica de mestre: deposite os ativos adquiridos de volta na Aave. Dessa forma, você fortalece sua posição, e, mesmo em momentos de queda do mercado, a segurança da operação aumenta, permitindo que você acumule mais criptoativos ao longo do tempo, sem ter que desembolsar valores adicionais do seu bolso.
Vamos imaginar o que a Aave poderia trazer para o mercado nos próximos anos. Que tal uma linha de crédito baseada no histórico da sua carteira cripto, sem precisar de colateral? Isso seria um marco incrível: a Aave poderia oferecer algo como um empréstimo pessoal ou comercial, mas sem burocracia e completamente descentralizado.
Essa inovação abriria as portas para uma nova onda de inclusão financeira, permitindo que a Aave explorasse um mercado global de liquidez que ultrapassa US$ 30 trilhões. Produtos como esses não apenas ampliariam o alcance do DeFi, mas também redefiniriam como o crédito é acessado e concedido em escala global.
Nem tudo são flores! Vamos falar dos riscos envolvidos ao utilizar a Aave:
Como em todo projeto de criptomoedas, os riscos são inevitáveis. O primeiro é o risco de protocolo, ou seja, possíveis vulnerabilidades no código que poderiam ser exploradas por hackers, comprometendo os fundos do projeto e dos usuários. Embora a Aave não tenha enfrentado esse tipo de problema até hoje, é importante estar atento a essa possibilidade.
Outro risco é a volatilidade dos ativos usados como colateral. Se o valor do colateral cair muito, a Aave pode liquidar sua posição automaticamente, cobrindo o valor emprestado e deixando o usuário sem os criptoativos de garantia. Por isso, é fundamental monitorar os tokens que você depositou ao pegar o empréstimo.
Dica de mestre: adicione mais colateral ou pague parte do empréstimo para evitar a liquidação e manter a saúde da sua posição na plataforma.
*Felipe Veloso é criador do canal O CriptoMestre, da escola Criptomestres e da 4P Finance, empresa de pagamentos em criptomoedas. Mestre em Matemática e Economia, Veloso já trabalhou como analista quantitativo no Bank of America, em Nova York.
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