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9 grandes empresas brasileiras que decidiram apostar nas criptomoedas

Empresas brasileiras que fizeram nome em outros setores, agora também apostam nas criptomoedas como fonte de receita ou divulgação

Empresas e startups têm diversas formas de se expor às criptomoedas (Madrolly/Getty Images)

Empresas e startups têm diversas formas de se expor às criptomoedas (Madrolly/Getty Images)

A constante expansão do mercado das criptomoedas não passou despercebida aos olhos das grandes empresas brasileiras. Desde bancos e instituições financeiras a empresas do setor de calçados, vestuário, construção e caronas por aplicativo, a verdade é que o alto escalão de empresas no Brasil enxerga o potencial da tecnologia blockchain e das criptomoedas.

Para isso, elas podem ter sua exposição ao setor cripto das mais variadas formas. Embora a maioria não invista diretamente parte de suas reservas nas criptomoedas, algumas delas as aceitam como forma de pagamento ou oferecem serviços relacionados. Os NFTs como forma de divulgação da marca também são formas bastante exploradas pelas empresas brasileiras.

99

Ainda que à primeira vista as criptomoedas e as caronas por meio do aplicativo da 99 pareçam estar totalmente descorrelacionadas, a empresa promete mostrar aos seus clientes que vale a pena investir em criptomoedas.

O primeiro unicórnio brasileiro desenvolveu a 99 Pay, braço onde irá oferecer serviços financeiros que englobam criptomoedas como o bitcoin.

Apesar de ter sido comprada pelo grupo chinês Didi Chuxing em 2017, a 99 foi fundada por três alunos de engenharia da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo: Paulo Veras, Renato Freitas e Ariel Lambrecht.

BTG Pactual

O maior banco de investimentos da América Latina foi o pioneiro do setor bancário a entrar para universo das criptomoedas. Em 2021, o banco anunciou o lançamento da Mynt, uma plataforma exclusiva para a negociação de criptomoedas.

Com a promessa de descomplicar o investimento no setor, a Mynt quer garantir aos seus usuários o acesso rápido e prático a criptomoedas como bitcoin e ether. Além disso, outras moedas digitais deverão integrar a plataforma no futuro.

Apesar da Mynt ter sido o maior movimento do BTG Pactual no mercado cripto, o banco já oferecia outros produtos relacionados à cripto e blockchain, como fundos de investimento e ETFs de criptomoedas, tudo por meio de seu aplicativo principal.

(Mynt/Divulgação)

Empiricus

A famosa casa de análises entrou de cabeça no universo das criptomoedas. Além de oferecer cursos e os mais diversos materiais sobre o assunto, a Empiricus investiu R$ 100 mil em cotas de um dos fundos de criptomoedas da Vitreo, empresa do mesmo grupo. Desta forma, parte do patrimônio da empresa está exposto à variação de preço das criptos.

Mais recentemente, anunciou o seu primeiro ETF de criptoativos, também com a Vitreo - o CRPT11, que investe em ativos que estejam entre os maiores do mundo por valor de mercado.

Even

Após ter conquistado o posto de primeira construtora a aceitar pagamentos com criptomoedas no Brasil, a Even já faturou mais de R$ 1 milhão apenas com os pagamentos do gênero.

A iniciativa é uma parceria da empresa com a corretora cripto Mercado Bitcoin, também brasileira. São aceitos pagamentos em bitcoin e ether para todos os imóveis sob seu controle.

Gafisa

A Gafisa é o nome mais recente desta lista. A construtora anunciou na última segunda-feira, 23, que passará a aceitar bitcoin como pagamento por unidades residenciais de um de seus empreendimentos.

Com foco no público jovem, ”ligado às tendências de mercado, inovações e iniciativas disruptivas”, o “Flow by Gafisa” conta com 437 apartamentos no bairro da Consolação, em São Paulo. Todos eles poderão ser comprados utilizando criptomoedas por meio de uma parceria da empresa com a corretora cripto Foxbit.

Havaianas

A Havaianas fez sua primeira incursão no mundo dos NFTs ainda em 2021, com artes do designer gráfico Adhemas Batista. Apesar de já ter trabalhado com a empresa por mais de 15 anos, foi a primeira vez que Adhemas envolveu sua arte com a tecnologia blockchain.

A coleção foi arrematada em um leilão e parte do lucro foi doado para a Favela Galeria, um museu de arte a céu aberto localizado na Zona Leste de São Paulo.

Méliuz

A empresa brasileira conhecida por seus programas de fidelidade e cashback ainda não oferece ou investe nas criptomoedas diretamente. No entanto, no último ano, a Méliuz fechou a compra do Acesso Bank, instituição financeira responsável pelas transações da Binance no Brasil. A Binance é a maior corretora de criptomoedas do mundo em valor de mercado.

Nubank

O Nubank não quis parar no famoso cartão de crédito “roxinho”. Depois do grande sucesso no setor de cartões, a empresa passou a oferecer o investimento em criptomoedas a partir de seu aplicativo em 11 de maio deste ano.

A iniciativa, que é recente, ainda não está disponível para todos os clientes. A fintech vai implementar a nova funcionalidade aos poucos, e ao longo de algumas semanas, todos os clientes poderão comprar, vender e armazenar criptomoedas no aplicativo.

Reserva

A famosa marca de roupas brasileira demonstra grande apetite por inovação. Além de aceitar o pagamento em bitcoin desde 2018, a Reserva lançou seus próprios NFTs em abril deste ano.

A empresa, que é parte do grupo Arezzo&Co, faturou em 50 minutos o mesmo que um mês inteiro de vendas em suas lojas físicas. Como parte de sua estratégia de divulgação e conexão com os entusiastas da marca, a Reserva utilizou artes exclusivas do “Pistol Bird”, seu mascote, para criar 486 NFTs.

Além das gigantes brasileiras citadas acima , o setor de startups também se demonstra bastante otimista quanto às criptomoedas no país. A marca pioneira de calcinhas absorventes Pantys lançou sua própria coleção de NFTs em janeiro, a Seeding Brasil, empresa do mercado canábico, fez o mesmo.

Já a Housi, startup que inova no setor imobiliário ao promover o aluguel de apartamentos por assinatura, foi ainda mais fundo: a empresa está presente no metaverso Decentraland, onde expõe seus próprios NFTs, e atua com a tokenização imobiliária.

As diferentes atuações de empresas brasileiras no mercado das criptomoedas deixam claro o potencial da tecnologia no país, que já conta com mais de mil estabelecimentos aceitando pagamentos do gênero. Além disso, uma pesquisa recente da CoinsPaid na América Latina revelou que as empresas que aceitam criptomoedas recebem um impacto positivo em sua imagem.

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