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55% dos investidores brasileiros de criptomoedas têm "muito medo" de cair em golpes

Pesquisa da Kaspersky aponta que ataques de phishing são a ameaça mais temida pelos investidores brasileiros

Golpes de phising são vistos como maior ameaça por investidores cripto (seksan Mongkhonkhamsao/Getty Images)

Golpes de phising são vistos como maior ameaça por investidores cripto (seksan Mongkhonkhamsao/Getty Images)

Cointelegraph
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Agência de notícias

Publicado em 8 de maio de 2023 às 13h50.

Última atualização em 8 de maio de 2023 às 14h18.

Os investidores de criptomoedas brasileiros têm medo de serem alvos de golpes para roubar seus ativos, e os ataques de phishing são os campeões no país. Essas foram algumas conclusões de um levantamento divulgado recentemente pela empresa de segurança Kaspersky, uma das líderes mundiais do segmento.

A pesquisa da Kaspersky indicou que 55% dos investidores de criptomoedas no Brasil têm "muito medo" de serem vítimas de golpes. Em geral, esse grupo também demonstra maior desconfiança com links enviados para o celular e e-mail por corretoras de criptomoedas falsas e esquemas fraudulentos, uma prática que caracteriza o chamado phishing e busca enganar as vítimas para que elas forneçam voluntariamente dados sensíveis.

Em relação à desconfiança dos brasileiros no setor de criptomoedas, o medo em torno do vazamento de dados pessoais aflige 53% dos investidores, seguido pelo receio relacionado a malwares para celulares e tablets (51%), interceptação de dados por Wi-Fi pública (50%) e captação de senha e outras credenciais de acesso por meio de sites e e-mails falsos.

Para o diretor da Equipe Global de Pesquisa e Análise para a América Latina da Kaspersky, Fabio Assolini, as preocupações dos brasileiros são consequência do avanço dos golpes envolvendo criptomoedas. Segundo ele, esses tipos de crimes aumentaram 40% entre 2021 e 2022.

Assolini acrescentou que o phishing é o principal tipo de cibercrime usado no país, o que ele acredita estar relacionado à criatividade do povo brasileiro e ao fato dessa modalidade ser barata para o roubo de senhas e outras credenciais por meio do envio de links via e-mail ou SMS, além dos chamados “trojans", que são arquivos com vírus.

Como se proteger?

O executivo da Kaspersky ressaltou que a principal ferramenta de defesa contra esses golpes deve ser muita cautela e informação. Ele observa que é importante lembrar que as criptomoedas representam um tipo de investimento incipiente e cuja regulamentação ainda não se efetivou no Brasil, o que abre margem para mais golpes.

O especialista disse ainda que os investidores precisam se informar a respeito dos tipos de investimentos e quais empresas atuam por trás deles. Assolini comenta que também é importante ficar atento e checar os endereços de links recebidos por e-mail ou mensagens antes de informar dados pessoais a sites desconhecidos, além de garantir a procedência de anexos antes de realizar os downloads dos mesmos.

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