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2024 é o ano da tokenização de ativos do mundo real: 4 tendências para ficar de olho

Ativos do mundo real irão entrar no blockchain por meio da tokenização; entenda como isso funciona e as principais tendências do setor para 2024

 (Getty Images/Reprodução)

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Da Redação
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Redação Exame

Publicado em 27 de janeiro de 2024 às 11h00.

Por Diego Guareschi*

A tecnologia blockchain vem ganhando cada vez mais espaço e reconhecimento nos mais diversos segmentos. Ainda que haja barreiras para adoção da tecnologia devido à sua complexidade e natureza técnica, a segurança - sua principal qualidade- tem atraído os olhares das empresas.

À medida que as organizações exploram e adotam essa tecnologia de maneira estratégica, podem colher benefícios significativos que impulsionam o crescimento, a competitividade e a confiança no mercado. Pensando nisso, uma metodologia de tokenização de ativos do mundo real, conhecido pela sigla RWA, tende a crescer ainda mais em 2024.

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De acordo com o “Relatório RWA: um mergulho no mercado em 2023” divulgado em agosto de 2023 pela RedStone Finance em parceria com a Chaos Labs, o setor movimentou mais de R$ 3 bilhões somente em 2023, ou ainda, US$ 630 milhões em ativos tokenizados.

O cenário de tokenização de ativos está se desenvolvendo de forma bastante promissora no Brasil. A receptividade do mercado brasileiro em relação à digitalização dos ativos é alta. A regulamentação com órgãos como a CVM e o Banco Central tem sido o ponto chave para favorecer o avanço da tokenização, embora ainda haja necessidade de mais clareza nas regras.

Com isso, as principais instituições financeiras já perceberam as oportunidades tanto em termos de ganhos adicionais de receita quanto na redução de custos.

Confira os principais pontos desenvolvidos na tokenização de RWA para ficar atento em 2024.

Real Estate

A tokenização oferece vantagens como alta liquidez e a possibilidade de fracionamento de ativos, tornando-os mais acessíveis a uma gama maior de investidores. No entanto, ainda enfrenta desafios como a burocracia existente em processos tradicionais. Por isso, é preciso estar muito atento às regulamentações existentes.

Ativos financeiros regulados

Inclui ativos como debêntures e ações. As vantagens de digitalizar os ativos financeiros é proporcionar maior rapidez nas transações, automatizar os processos e maior acessibilidade e democratização do acesso.

A tokenização de ativos, como títulos de dívidas, ações, permitirá uma liquidez muito maior nos mercados, tornando os investimentos mais acessíveis. Por exemplo, a Vórtx QR Tokenizadora, primeira plataforma de tokenização de securities do Brasil que foi aprovada e regulamentada pelo Sandbox da Comissão de Valores Mobiliários, tem o intuito de testar a digitalização desses e de outros instrumentos de dívida e levá-los para um público maior de investidores.

Ativos financeiros não-regulados

A tokenização desses promete eficiência e facilidade de comercialização no segmento que abrange ativos como precatórios, que apresentam maior flexibilidade por não estarem sujeitos à regulação prévia.

Tokenização de créditos de carbono

Com o objetivo de estimular práticas mais sustentáveis, as empresas brasileiras estão explorando a tokenização de créditos de carbono, ou seja, a digitalização dos certificados em redes blockchain. Com isso, observa-se uma oportunidade de gerar ativos para monetização. No entanto, o processo exige validação por empresas certificadoras para assegurar a confiabilidade dos tokens representativos.

A tecnologia blockchain pode ser empregada para criar sistemas de certificação e rastreabilidade que garantam a origem sustentável dos produtos, beneficiando tanto os consumidores quanto os produtores. É importante ressaltar que pensar em soluções de tokenização de créditos de carbono é só uma das possibilidades do uso do blockchain para a criação de uma economia ainda mais sustentável no Brasil.

* Diego Guareschi é CMO da Hathor Labs, tecnologia blockchain usada e certificada dentro do Sandbox da CVM.

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