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1ª instalação de mineração de bitcoin com energia nuclear é inaugurada nos EUA

Com 8 mil equipamentos, empresa quer reduzir custos e utilizar energia limpa para a mineração de criptomoedas

Energia nuclear pode ser considerada limpa (AFP/Reprodução)

Energia nuclear pode ser considerada limpa (AFP/Reprodução)

Da Redação
Da Redação

Redação Exame

Publicado em 7 de março de 2023 às 11h21.

Uma empresa de mineração de criptomoedas inaugurou na última segunda-feira, 7, a primeira instalação de mineração de bitcoin movida a energia nuclear dos Estados Unidos. Com 8 mil equipamentos, a intenção é reduzir custos utilizando energia limpa para minerar bitcoin e outras criptomoedas.

Chamada de Nautilus Cryptomine, a instalação da TeraWulf é “a primeira instalação de mineração de Bitcoin de seu tipo, fornecendo diretamente energia confiável, livre de carbono e 24 horas por dia, 7 dias por semana na usina nuclear de Susquehanna, de 2,5 GW, na Pensilvânia”, de acordo com um comunicado.

Criptomoedas como o bitcoin, que utilizam o mecanismo de consenso da prova de trabalho (PoW), precisam ser “mineradas”. O processo de mineração consiste no uso de poder computacional e máquinas superpotentes para validar as transações da rede blockchain. Para isso, os mineradores são recompensados em criptomoedas.

Estima-se que o poder de computação dos equipamentos utilizados na Nautilus Cryptomine seja de 1 exahash por segundo (EH/s). Além disso, a TeraWulf pretende comprar outras 8 mil unidades do equipamento em breve.

Os esforços da empresa com o uso da energia nuclear podem ser vistos de forma positiva. Isso porque a mineração de criptomoedas é amplamente criticada por ativistas ambientais em todo o mundo, por conta do uso elevado de energia elétrica causado pelos equipamentos.

No último ano a Ethereum, segundo maior blockchain do mundo, realizou a sua migração do sistema prova de trabalho (PoW) para prova de participação (PoS), economizando cerca de 99,9% de energia.

A energia nuclear pode ser considerada uma energia limpa, já que a menos que ocorram acidentes ou o lixo atômico não receba o tratamento o destino corretos, ela não causa poluição pela emissão de substâncias.

Apesar da iniciativa, as ações da TeraWulf (WULF) operam em queda de mais de 6% no último mês, de acordo com dados do Yahoo Finance. Nos últimos cinco dias, no entanto, a WULF subiu 2,86%.

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