Para especialista, investimento em criptomoedas deve ter o longo prazo como foco (dulezidar/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 1 de julho de 2022 às 13h24.
O mês de junho foi trágico para o mercado cripto, registrando o pior mês da história do bitcoin e encerrando o pior trimestre da criptomoeda desde 2011 em termos de variação de preço. Mas não foi só o bitcoin que sofreu: todas as 10 maiores criptomoedas do mundo despencaram no último mês.
Segunda maior criptomoeda do mundo, o ether, nativa da rede Ethereum, terminou junho com queda de 47,2%, superior à desvalorização do bitcoin, cujo prejuízo acumulado foi de 40,5%. A perdas superiores a dois dígitos se repetiram em todas as 10 maiores criptos do mundo por valor de mercado - desconsideradas as criptomoedas de valor estável, ou stablecoins.
Apesar do pessimismo que tomou conta do setor nos últimos meses e, em especial, em junho passado, a queda não se deve a fatos ligados aos fundamentos dos principais ativos digitais ou à tecnologia em si, mas a um sentimento negativo que afeta todos os mercados de risco e é causado pelos mais diferentes motivos, alguns sem nenhuma relação direta com os setores atingidos - como, no caso de cripto, a guerra na Ucrânia ou o aumento das taxas de juros nos EUA.
"Nada impede que ocorram mais quedas, mas é importante entender que investimentos em cripto são para longo prazo. Apesar de as criptomoedas seguirem em queda desde o último mês, isso não significa que o investidor deva fugir desse tipo de investimento, mas sim entender o seu funcionamento para o longo prazo - e aqui falo de uma projeção em anos, não meses, semanas ou dias", explicou Bernardo Pascowitch, fundador da Yubb.
Para ele, os investidores de ativos de risco tendem a trazer uma carga emocional muito grande na hora de investir, o que pode gerar desespero ou medo, mas cabe ao investidor seguir a estratégia idealizada na carteira. "É difícil, mas para investir, é necessário deixar os sentimentos de lado e focar no tempo necessário para poder ter bons resultados. Como no caso do bitcoin, que passou por grande volatilidade, mas trouxe recompensas para os investidores pacientes. Claro que não é garantido que o comportamento do passado se repita no futuro, mas esse passado desenha os investimentos em cripto como algo para o longo prazo", concluiu.
No momento, o bitcoin tenta recuperar parte das perdas do último dia de junho, quando chegou a ser cotado perto de US$ 18.500 na mínima do dia, e é negociado a US$ 19.300, buscando retomar a faixa de preço dos US$ 20.000 e com alta de 1,1% nas últimas 24 horas. Já o ether troca de carteiras a US$ 1.060, alta de 3% nas últimas 24 horas e com forte briga dos compradores para manter o ativo acima da marca de mil dólares.
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