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Vulcabras quer oferta de até R$ 500 milhões para aumentar liquidez do papel

Oferta-base será de R$ 250 milhões, já garantida por controladores e outros players de mercado a R$ 18,50 por ação — 13% abaixo do preço em bolsa

Vulcabras: recursos devem ajudar os Bartelle a manter sua participação na empresa (Drawlio Joca/Site Exame)

Vulcabras: recursos devem ajudar os Bartelle a manter sua participação na empresa (Drawlio Joca/Site Exame)

Natalia Viri
Natalia Viri

Editora do EXAME IN

Publicado em 25 de janeiro de 2024 às 22h17.

Última atualização em 25 de janeiro de 2024 às 22h44.

A Vulcabras acaba de anunciar a intenção de fazer uma oferta primária de até R$ 500 milhões em ações, voltada principalmente para aumentar a liquidez do papel, que avançou mais de 70% nos últimos 12 meses, segundo fonte a par da operação.

A oferta-base será de R$ 250 milhões, nos quais a família Grendene Bartelle vai acompanhar na proporção de sua participação de pouco mais de 70%. O restante já está ancorado pelas gestoras Absolute e Guepardo, a até R$ 18,50 por ação — 13% abaixo do valor de fechamento de hoje.

A metade restante depende do interesse do mercado e é de onde deve vir o aumento de liquidez do papel. A Vulcabras é dona da marca Olympikus, que vem ganhando cada vez mais participação no Brasil, e nos últimos anos ganhou contratos para operar marcas globais relevantes no país, como Mizuno e Under Armour.

O follow-on vem dias depois de a companhia anunciar um dividendo extraordinário gordo de R$ 367 milhões, referente às reservas de lucro de 2022 — maior do que tudo que a empresa distribuiu no ano passado. O papel subiu 10% na terça-feira (23) na esteira do anúncio.

Os recursos devem ajudar os acionistas a reinvestir na oferta. Forte geradora de caixa, ao fim do terceiro trimestre, a Vulcabras não tinha dívida e era caixa líquida em quase R$ 3 milhões.

Nesta semana, o Santander também iniciou a cobertura do papel com recomendação de compra e preço-alvo de R$ 27,50. O banco está entre os engajados para a oferta, ao lado de BTG, Itaú e XP.

A Vulcabras vale R$ 5,25 bilhões na B3.

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