Heineken: receita cresceu entre 10% e 14% no Brasil, puxada por volume, e mix e preços e portfólio (Grupo HEINEKEN/Divulgação)
Repórter Exame IN
Publicado em 24 de abril de 2024 às 10h46.
A Heineken publicou nesta quarta-feira, 24, seus números de venda no primeiro trimestre, sinalizando que está ganhando share no mercado brasileiro.
De janeiro a março, com Carnaval e Páscoa no mesmo trimestre, o volume vendido pela cervejaria holandesa cresceu um dígito alto, ou algo entre 8% e 9%.
É um patamar bem acima das projeções do sell side para a Ambev, de algo em torno de 2,5% de crescimento de volume no país no mesmo intervalo. A dona da Brahma e da Skol reporta seus resultados no próximo dia 8.
No primeiro trimestre, as vendas globais da Heineken cresceram 7,2%, para 8,18 bilhões de euros em todo o mundo, com o volume total subindo 4,7%. O Brasil, um de seus maiores mercados, foi destaque dos resultados.
Além do crescimento de volume em dígito alto, por aqui a receita cresceu nos ‘low teens’, segundo a companhia — na prática, algo entre 10% e 14%.
Isso mostra que o faturamento foi impulsionado não só pelos volumes, mas também pelo mix de preços e portfólio, com os rótulos premium, em especial Heineken, reportando boas vendas.
A marca se tornou a “número 1 em valor” no mercado brasileiro neste trimestre, segundo comunicado divulgado junto com os resultados.
Para a equipe do Itaú BBA, a receita por hectolitro da Ambev deve avançar 3,6% no primeiro trimestre. A Heineken não abre os números de receita por hectolitro por região ou país, mas no consolidado global esse indicador avançou 4,9%.
"Embora não vejamos a avaliação da Ambev como uma pechincha ainda, finalmente vemos a maioria das externalidades não operacionais precificadas para a empresa", escreveram os analistas do banco em relatório. Ainda assim, a recomendação para os papéis é “neutra”, com preço-alvo de R$ 15 por ação.
Com queda acumulada em 13% no ano, as ações da Ambev são negociadas a R$ 11,93, próxima dos menores patamres históricos.