Turbi: entendimento é de que era preciso um perfil mais “institucional” para levar a Turbi a outro patamar e chegar a 20 mil veículos no portfólio (Turbi/Reprodução)
Repórter Exame IN
Publicado em 18 de fevereiro de 2025 às 18h23.
Última atualização em 19 de fevereiro de 2025 às 10h06.
Depois de levantar R$ 322 milhões entre dívida e equity no fim de 2024, e virar a quarta maior locadora de automóveis no varejo, a Turbi está mudando o comando.
Até então CEO, Diego Lira, um dos fundadores da empresa, está deixando o cargo para assumir como presidente do conselho de administração. A cadeira de CEO passará a ser ocupada pelo também fundador, Daniel Prado, que é CFO e desde 2017 comanda, entre outras áreas, a divisão de seminovos.
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A mudança não era esperada no mercado, mas vinha sendo gestada no conselho, apurou o INSIGHT. Lira era visto como um executivo bastante operacional, com o mérito de ter conseguido fazer a startup chegar a uma frota de 5 mil veículos — atrás apenas de gigantes como Localiza, Unidas e Movida.
Mas o entendimento é de que era preciso um perfil mais “institucional” para levar a Turbi a outro patamar e chegar a 20 mil veículos no portfólio, por exemplo.
De acordo com pessoas próximas ao negócio ouvidas pelo INSIGHT, Lira era visto como um executivo que olhava muito parta dentro e tinha um estilo de gestão que estava virando um ponto crítico no crescimento do negócio.
Além da mudança na diretoria executiva, a empresa terá mudanças no conselho. Sai Prado e Lira chega como chairman. Os fundadores e outros executivos detêm cerca de 28% do capital social (considerando stock options).
A empresa também está convocando uma assembleia geral extraordinária para aprovar a indicação de Rodrigo Borges, sócio da Domo VC, e Vinicius Senger Gomes, representante da ARC, para compor o conselho.
Atualmente, ARC, Clave e REAG têm, juntas, 52% do capital e a Domo VC, 10%.