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Tarpon quer vender 13,9% da Serena em follow-on

Oferta deve movimentar cerca de R$ 730 milhões e tem potencial para aumentar liquidez da antiga Omega

Parque eólico da Serena: Tarpon comprou o equivalente a 1,5% do capital por meio de outro veículo (Foto: Divulgação) (Serena/Divulgação)

Parque eólico da Serena: Tarpon comprou o equivalente a 1,5% do capital por meio de outro veículo (Foto: Divulgação) (Serena/Divulgação)

Natalia Viri
Natalia Viri

Editora do EXAME IN

Publicado em 7 de março de 2024 às 20h12.

Última atualização em 7 de março de 2024 às 20h12.

A Tarpon acaba de informar que engajou bancos para uma oferta envolvendo uma fatia de 13,9% na Serena, antiga Omega, de energias renováveis.

A fatia representa um pouco mais de um terço da participação total da gestora na empresa, de 31,4%, e diz respeito a um fundo com capital de terceiros que está prestes a vencer.

Em meio a preços baixos da energia e começando a desalavancar o balanço depois de um ciclo intenso de investimentos, a Serena negocia a R$ 8,44, praticamente estável nos últimos doze meses e próximo das mínimas desde o fim de 2021, quando houve a fusão entre a Omega Geração e a Omega Desenvolvimento.

A perspectiva de venda por parte da Tarpon, aventada desde o fim do ano passado, também pesou sobre os papéis. Só no último mês, a ação caiu 15%.  A valores atuais, a oferta somaria cerca de R$ 730 milhões. A Serena vale R$ 5,3 bilhões na B3.

Gerando caixa, a Serena afirmou em fato relevante que não pretende aproveitar para fazer uma captação com a oferta, que deve ser exclusivamente secundária.

Depois da oferta, a Tarpon vai ser a segunda maior acionista da Serena, com 17,6% de participação da Actis, gestora de private equity que entrou na companhia em junho de 2022 e hoje tem 26%. Os fundadores Antonio Bastos e Gustavo Mattos têm outros 14,8%.

O follow-on tem potencial para aumentar a liquidez da Serena, que minguou depois da entrada da Actis. Hoje, o papel negocia pouco mais de R$ 10 milhões por dia, o que acaba o retirando do radar de muitos investidores.

A Tarpon mandatou o Itaú BBA e o Citigroup para a oferta. Eles se juntam ao BTG Pactual (do mesmo grupo de controle da Exame), que é líder do sindicato, e já havia sido engajado em dezembro para procurar alternativas para o desinvestimento.

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