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TALK SHOW EXAME IN: CEO da Via conta os segredos de 3 anos de reestruturação

Desde 2019, dona das Casas Bahia tem gestão nova, que reorganizou e digitalizou negócio

Fulcherberguer, presidente da Via, durante gravação do talk show no estúdio da EXAME (Exame/Reprodução)

Fulcherberguer, presidente da Via, durante gravação do talk show no estúdio da EXAME (Exame/Reprodução)

GV

Graziella Valenti

Publicado em 13 de junho de 2022 às 17h14.

A Via, dona das marcas Casas Bahia, Ponto Frio e Extra.com, vai completar três anos sob nova administração. Roberto Fulcherberguer assumiu a presidência da companhia em junho de 2019, logo após a pulverização do controle da empresa em bolsa pelo Grupo Pão de Açúcar (GPA), junto com um time de executivos. Neste mês, o talk show do EXAME IN comemora seu primeiro ano de vida. E Fulcherberguer participou do bate-papo para contar todos os segredos dessa transição da empresa e do futuro da Via.

Quando assumiu, ele e esse grupo de executivos receberam um pacote de opções que dará direito a uma fatia importante da companhia ao fim de 5 anos. O plano de remuneração agora foi esticado para um total de sete anos. O preço de exercício agora, como explicou ele ao EXAME IN, está “debaixo d’água”, com a derrocada das empresas ligadas à economia digital. Entretanto, segundo o executivo, todo time tem muita confiança no projeto da companhia.

Quando Fulcherberguer chegou à Via, pouco mais de 10% das vendas eram feitas pelo e-commerce e os canais físico e digital estavam começando a serem reintegrados — o GPA, do Grupo francês Casino, havia feito o favor de separar as operações. As vendas brutas da empresa somavam R$ 7 bilhões e o GMV do online (próprio e de terceiros), R$ 1,6 bilhão — de acordo com dados do segundo trimestre de 2019.

No primeiro trimestre deste ano, o GMV total da companhia foi de praticamente R$ 11 bilhões. A Via já adotou a filosofia do modelo chinês e não identifica mais o que é digital e o que é físico: apresenta tudo como venda omnicanal, uma vez que todas as suas lojas estão convertidas para esse modelo. A única separação é o 1P e do 3P, ou seja, o que é venda da Via e o que é de sellers.

Em menos de três anos, a digitalização e a omnicanalidade estão 100% implantadas no negócio. Na frente do market-place, a companhia saiu de 10 mil para 130 mil sellers ao longo de 2021 e agora se prepara para oferecer muito mais do que um canal de venda para outros varejistas e para a indústria.

No bate-papo com o EXAME IN, Fulcherberguer contou de tudo um pouco (confira no link abaixo). Desde a transformação, até o potencial para alguns segmentos. A companhia, em busca de rentabilidade cada vez maior, está expandindo a venda de serviços logísticos e de gestão completa de e-commerce (com todo inventário centralizado). "Eu entreguei em todas as cidades do Brasil no ano passado. Só ficou faltando uma."

Outra frente de receita, é o crediário, que se digitalizou durante pandemia. Na loja física, essa forma de pagamento responde por 30% do volume, enquanto no online, por 6%. “Veja o tamanho da avenida de crescimento que temos pela frente”. Com 60 anos de experiência no crediário, a Via decidiu no ano passado entrar no crédito pessoal, desvinculado da compra de produtos na plataforma. A carteira está em R$ 250 milhões. “Mas poderia ser de R$ 1 bilhão. É que estamos indo passo a passo”, completou o executivo.

“Eu acho incrível o ativo que essa marca possui. Tem 10 músicas no Brasil que citam o crediário das Casas Bahia espontaneamente e eu não patrocinei nenhuma”, brinca ele, mas com exemplo concreto da extensão do conhecimento da marca.

Além de Fulcherberguer, já estiveram no programa, Roberto Funari (Alpargatas), Abilio Diniz (Carrefour), Felipe Miranda (Empiricus), Eduardo Mufarej (GK Ventures), Augusto Lins (Stone), Rodrigo Abreu (Oi), Cláudia Woods (WeWork), Dennis Herszkowicz, (Totvs), Daniel Silveira (Avon), Túlio Oliveira (Mercado Pago), Carlos Brandão (Iguá Saneamento), além da dupla de fundadores da OpenCo, Sandro Reiss e Rafael Pereira e de Fersen Lambranho, presidente do conselho de administração da GP Investimentos e da G2D. Também passaram pela mesa de conversa do programa Marcelo Barbosa, presidente da Comissão de Valores Mobiliários (CVM),  Daniel Castanho, fundador e presidente do conselho de administração da Ânima Educação, Daniel Peres, fundador da Tropix, um market-place de NFTs de arte digitais, para destrinchar o metaverso, Ricardo Mussa, presidente da Raízen,  Ricardo Faria, o empresário que é o maior emergente do setor de agronegócios do país, e Cristina Andriotti, CEO da Ambipar Environment.

O programa recebe grandes personalidades do mundo corporativo e financeiro para um bate-papo descontraído sobre os principais desafios, aprendizados e oportunidades do mercado brasileiro em suas áreas de atuação. Os episódios podem ser conferidos no canal da EXAME no Youtube e também no Spotify.

O que é o EXAME IN

O programa vem para complementar a produção de conteúdos do EXAME IN, a butique digital de notícias de negócios da EXAME e que conta também com uma newsletter desde março de 2020 (increva-se grátis para receber no email). Comandada por Graziella Valenti, a newsletter tem o objetivo de fornecer acesso a informações sobre mercado de capitais, negócios e startups.

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