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Rede D'Or: paciente sem covid volta e 1º tri tem lucro recorde de R$402 mi

Retorno dos tratamentos eletivos faz lucro da empresa disparar, apesar da continuidade da pandemia

Tudo azul na Rede D'Or: pacientes retornam e Ebitda quase dobra no primeiro trimestre de 2021 (Germano Lüders/Exame)

Tudo azul na Rede D'Or: pacientes retornam e Ebitda quase dobra no primeiro trimestre de 2021 (Germano Lüders/Exame)

GV

Graziella Valenti

Publicado em 17 de maio de 2021 às 08h57.

Última atualização em 17 de maio de 2021 às 14h55.

A Rede D’Or São Luiz, a mais nova estreante do índice MSCI Brazil, uma das referências para investidores estrangeiros,  trouxe um balanço de primeiro trimestre com marcos inéditos e acima da expectativa do mercado no desempenho operacional. A companhia teve uma receita bruta trimestral superior a R$ 5 bilhões e um Ebitda maior que R$ 1 bilhão pela primeira vez.

O desempenho foi puxado por aumento dos leitos em operação, ampliação da taxa de ocupação e crescimento em tratamentos de outra complexidade. O lucro líquido da empresa subiu nada menos do que 255% na comparação anual, para R$ 402,4 milhões.

Apesar da força da pandemia nos três primeiros meses do ano, a Rede D’Or disse ter visto um retorno dos pacientes para tratamentos além da covid-19. A receita líquida da companhia aumentou 43%, para R$ 4,7 bilhões. O Ebitda ajustado deu um salto de 95,3% e alcançou R$ 1,33 bilhão. Com isso, a margem foi de 28,2%, o que é uma expansão de 7,5 pontos percentuais em relação ao desempenho dos três primeiros meses de 2020.

A principal razão para esse salto foi o retorno das cirurgias e tratamentos eletivos, uma vez que o novo coronavírus pesou substancialmente também na saúde financeira dos hospitais e de todo setor, de forma geral. Apesar da melhora, os custos e despesas relacionados aos problemas causados pelo Sars-cov-2 ainda somaram mais de R$ 127 milhões, de janeiro a março.

A companhia listou ações na B3 em dezembro do ano passando, quando estreou avaliada em R$ 115 bilhões. Agora, já vale mais de R$ 143 bilhões.

Está claro que vem mais expansão pela frente pelas aquisições que a companhia anunciou desde outubro, num total de 1.290 leitos. Desses, porém, mais de 1.000 ainda não foram consolidados aos resultados. A empresa terminou março com 9.034 leitos, sendo 8.191 em operação — quase 800 a mais do que no quarto trimestre.

A dívida líquida da companhia encerrou março em R$ 7,2 bilhões, 28% acima do que a situação de dezembro, logo após a oferta pública inicial, que agregou mais de R$ 8 bilhões ao caixa. Na comparação com março de 2020, o volume é 35% menor.

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