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Pós-fusão, Azzas prevê receita incremental de R$ 1,1 bilhão até 2027

Maior parte da oportunidade deve vir do cross-sell de calçados e acessórios; companhia ainda não dá guidance em relação a economias de custos e despesas

Alexandre Birman, da Arezzo, e Roberto Jatahy, no anúncio da fusão (Leandro Fonseca/Exame)

Alexandre Birman, da Arezzo, e Roberto Jatahy, no anúncio da fusão (Leandro Fonseca/Exame)

Natalia Viri
Natalia Viri

Editora do EXAME IN

Publicado em 15 de agosto de 2024 às 09h24.

Última atualização em 15 de agosto de 2024 às 09h41.

A Azzas 2154,  resultado da fusão entre Arezzo &Co e o Grupo Soma, acaba de divulgar a projeção de sinergias para o negócio — uma das informações mais aguardadas pelos investidores desde o anúncio da combinação de negócios, em fevereiro.

A companhia prevê uma receita incremental de R$ 1,1 bilhão até 2027, pouco menos de 10% do faturamento combinado das companhias no ano passado.

Referente à “primeira fase” da integração das operações, o guidance tem como foco a receita adicional e, ao menos por ora, não traz estimativas de economias de custos e despesas.

Segundo fato relevante publicado há pouco, a maior parte do faturamento adicional deve vir da entrada mais agressiva de marcas de vestuário que pertenciam ao Soma em calçados, bolsas e acessórios, que são a fortaleza da Arezzo. A previsão é que esse cross-sell gere R$ 672 milhões em receita bruta incremental em quatro anos.

Em cerimônia de estreia da Azzas na Bolsa no começo do mês, o CEO Alexandre Birmann afirmou que as iniciativas piloto de venda de calçados em Hering e Farm já tinham trazido R$ 30 milhões em faturamento adicional no primeiro semestre.

A Azzas prevê ainda extrair mais R$ 240 milhões em receita adicional até 2027 com uma entrada mais forte no canal B2B, de multimarcas em vestuário — iniciativa que deve beneficiar especialmente a Hering, já tem contato nesse tipo de canal de vendas.

Os R$ 181 milhões adicionais na sinergia de receita esperada virão da melhora da responsividade das coleções dentro de cada temporada.

“A ideia é encurtar o time to market e a entrega na loja, para dar responsividade de reação do resultado dentro da estação. São projetos que ainda estão na fase inicial, mas devem trazer grandes oportunidades a partir de 2025”, disse Birman no dia da estreia na B3, na época, sem quantificar a oportunidade. 

A Azzas divulgou ainda uma projeção da faturamento bruto para o canal digital da Hering, que deve passar de R$ 4oo milhões ao fim deste ano para R$ 690 milhões em 2027.

Ao todo, a Azzas estima que deve gastar cerca de R$ 146 milhões este ano para fazer a integração das operações entre as duas marcas.

A companhia vai detalhar melhor seus planos hoje num Investor Day, em Blumenau.

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