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Pier, startup dos seguros, recebe aporte de R$ 108 milhões

A rodada da companhia acontece dez meses depois da série A e foi liderada pelo Raiz Investimentos

Pier: fundada em 2018, a empresa alcançou 50.000 clientes e projeta R$60 milhões de faturamento anualizado para este ano
 (Pier/Divulgação)

Pier: fundada em 2018, a empresa alcançou 50.000 clientes e projeta R$60 milhões de faturamento anualizado para este ano (Pier/Divulgação)

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Carolina Ingizza

Publicado em 2 de setembro de 2021 às 08h00.

Última atualização em 3 de setembro de 2021 às 15h54.

Dez meses depois de concluir a captação de sua série A, a startup Pier acaba de receber uma nova injeção de capital. A empresa, que tem mais de 50.000 clientes dos seus seguros de veículos e de smartphones, captou um novo investimento de R$ 108 milhões (US$ 20 milhões) liderado pelo family office Raiz Investimentos, de Ivan Toledo (fundador da Sem Parar).

“Temos uma relação com a Raiz há algum tempo, admiramos o trabalho do Ivan Toledo. Então, quando ele começou a nos mentorar e propôs colocar capital para acelerar a nossa curva de crescimento, fechamos a rodada”, diz Igor Mascarenhas, cofundador e presidente da empresa, ao EXAME IN.

Fundada pelos amigos Igor Mascarenhas, Lucas Prado e Rafael Oliveira, a Pier chegou ao mercado em 2018 como uma seguradora de smartphones digital, que usa inteligência artificial para garantir tanto a contratação quanto o sinistro em alguns segundos.

O produto ainda é o carro chefe da operação, responsável por 80% da receita, mas pouco a pouco o seguro de automóveis, lançado no ano passado, ganha espaço. Disponível para clientes das regiões Sul, Sudeste, Nordeste e Centro-Oeste, o seguro para veículos já conquistou mais de 10.000 clientes e garantiu a empresa crescimentos mensais de mais de 30%. Com isso, a Pier projeta chegar a dezembro com receita anualizada de R$ 60 milhões.

O novo aporte dá fôlego para a empresa acelerar seu crescimento. O capital vai permitir que ela solicite a licença definitiva de seguradora junto à reguladora Susep — hoje, a startup é autorizada a operar no Sandbox, um ambiente regulatório experimental. Com a licença definitiva, a Pier não teria mais valor limite para os itens segurados e, no longo prazo, poderia expandir sua atuação para produtos de residência e vida.

O investimento também vai possibilitar que a empresa invista no aprimoramento dos produtos e dê vazão a uma fila de espera de mais de 100.000 clientes. Para isso, a insurtech pretende, ainda este ano, dobrar a sua equipe de 120 pessoas, especialmente nas áreas de dados e desenvolvimento.

“A tecnologia tem nos permitido inserir novos usuários no mundo de seguros. Hoje 75% dos nossos clientes não tinham seguro antes da Pier e com o aporte vamos conseguir levar uma experiência excepcional para ainda mais brasileiros”, diz Mascarenhas.

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