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Por que o Itaú BBA acredita que a CVC está prestes a decolar

Banco inicia cobertura das ações com recomendação de compra e vê potencial de valorização de 60% em relação ao preço atual

CVC: Com mudanças na gestão e volta às origens, empresa deve retomar crescimento  (Divulgação) (Divulgação/Divulgação)

CVC: Com mudanças na gestão e volta às origens, empresa deve retomar crescimento (Divulgação) (Divulgação/Divulgação)

Raquel Brandão
Raquel Brandão

Repórter Exame IN

Publicado em 16 de janeiro de 2024 às 15h37.

Última atualização em 16 de janeiro de 2024 às 18h18.

Após um hiato de seis anos na cobertura, em meio às diversas crises enfrentadas pela CVC, o Itaú BBA retomou o acompanhamento das ações da empresa de turismo, recomendando compra e com preço-alvo de R$ 5,10 – um potencial de alta de 60% em relação à cotação atual.

O banco destacou a mudança de gestão da empresa no ano passado, que a fez voltar às origens, com assistência de venda de produtos exclusivos, oferta de crédito para clientes e abertura de lojas.

Para a equipe de analistas do banco, o cenário macroeconômico é exigente e incerto para a maioria das empresas de varejo da cobertura, mas tanto a CVC quanto o setor de turismo têm um “futuro promissor”.

“Em resposta ao processo de reestruturação interna, esperamos que o mercado revise suas estimativas de ganhos à medida que a empresa entrega resultados promissores, iniciados no terceiro trimestre de 2023 com uma melhoria significativa na taxa de ocupação”, escrevem os analistas.

A favor da companhia, diz o banco, está a alta capilaridade, com 1088 lojas, o ganho de escala tanto no Brasil quanto na Argentina e a força da marca, com mais de 50 anos. “A CVC é asset light. Não possui quartos de hotel ou aviões, portanto, o risco de inventário é praticamente inexistente. Em um mercado normalizado, estimamos que o ROIC (retorno sobre capital investido) da empresa poderia ultrapassar 30% nos próximos anos”, acrescenta a equipe.

Nos riscos à tese, estaria uma previsão de menor expansão de capacidade por parte das companhias aéreas. Isso poderia tornar os bilhetes mais caros, levando a empresa elevar os preços de seus pacotes de viagem, o que afetaria a demanda, ou poderia pressionar sua rentabilidade.

Mesmo com o relatório, a ação acabou arrastada pelo dia ruim de pregão para todo o setor, que negocia ao sabor dos rumores sobre a reestruturação da Gol. A CVCB3 cedia 2,99% no meio da tarde, enquanto os papéis da Gol caíam 5,88% e da Azul recuavam 6%.

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