Bruno Ferrari, CEO da Oncoclínicas: "Esperamos uma melhoria expressiva nos nossos custos assistenciais e temos certeza de que vamos trazer uma melhor experiência ao paciente" (Oncoclínicas/Divulgação)
Repórter Exame IN
Publicado em 24 de setembro de 2023 às 12h43.
Especializada no tratamento de pacientes oncológicos, a Oncoclínicas está fazendo o maior movimento de expansão orgânica em sua cidade natal, Belo Horizonte.
A companhia acaba de inaugurar a Oncoclínicas Região Hospitalar, um investimento de R$ 46 milhões que uniu as duas primeiras unidades do grupo criado em 2010. A agora maior clínica de tratamento da Oncoclínicas tem capacidade para realizar 4,2 mil procedimentos e 5 mil consultas por mês.
É o maior investimento já feito pela Oncoclínicas em uma unidade, acelerando os planos de expansão de market share de um negócio que vem em ritmo intenso de crescimento, em um setor que os grande players estão buscando reforçar suas posições.
Pelas estimativas da equipe de analistas do BTG Pactual (do mesmo grupo de controle da EXAME), a fatia da Oncoclínicas em tratamento oncológico no país deve chegar a 21% ainda este ano, cerca de 2,5 vezes do que possuem os maiores concorrentes.
A nova clínica na cidade onde o grupo foi criado vem na esteira de anúncios de crescimento inorgânico, como a compra do Centro de Excelência Oncológica, o Ceon, do Rio de Janeiro, e, mais recentemente, a parceria com a Unimed Recife, em um contrato previsto em 30 anos.
Atendendo à meta da empresa de reportar um ROIC de 20% a 25%, a nova unidade passa a reunir áreas que estavam operando separadamente, como clínica da dor e exames de rastreamento genômico.
A expectativa é inaugurar em breve uma área de diagnósticos, tudo isso conectado ao cancer center (complexo hospitalar) que a Oncoclínicas possui na cidade. Atualmente, a empresa tem 135 unidades em 36 cidades e seis cancer centers.
“Quando unificamos, trazemos melhorias e ganhos de sinergia. Esperamos uma melhoria expressiva nos nossos custos assistenciais e temos certeza de que vamos trazer uma melhor experiência ao paciente”, diz Bruno Ferrari, CEO da Oncoclínicas, em entrevista à EXAME IN.
A capacidade de controle dos custos assistenciais tem sido uma das fortalezas apontadas por analistas de investimentos que fazem a cobertura do negócio. No primeiro semestre deste ano, a Oncoclínicas reportou uma margem bruta de 35,7%, 0,9 ponto percentual menor do que o indicador registrado em todo o ano de 2022.
No ano passado, a margem bruta foi de 36,6%, acima dos 35,1% do grupo MaterDei, os 31,6% de Dasa, e dos 27,2% e 23,9% de Fleury e Rede D’Or, respectivamente.