iFood: Das entregas de restaurantes e mercado a vale refeição e banco (Foto: Divulgação/iFood) (iFood/Divulgação)
Editora do EXAME IN
Publicado em 5 de agosto de 2025 às 07h01.
Última atualização em 5 de agosto de 2025 às 07h15.
Num momento em que a chinesa Meituan está entrando no mercado brasileiro e concorrentes como Rappi e 99Food vem tentando reforçar sua presença no país, com taxas mais agressivas para restaurantes, o iFood está acionando um canhão de investimentos para reforçar sua liderança.
A plataforma vai anunciar hoje investimentos de R$ 17 bilhões entre abril de 2025 e março de 2026, período que corresponde a seu ano fiscal.
A maior parte será voltada para ações de marketing para impulsionar o tráfego na plataforma, aumentar a recorrência de compras no aplicativo e ampliar os segmentos seus segmentos que atuação, que se estendem também a serviços como o iFood Pago, sua fintech para restaurantes, além o iFood Benefícios -- que pode dar um salto com a eventual compra da líder da Alelo.
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Os valores incluem ainda crédito para restaurantes parceiros e investimentos em tecnologia e inovação. Ficam de fora os investimentos em startups, que podem somar mais R$ 500 milhões no ano. (Recentemente, o iFood anunciou a compra de 20% da CRMBonus, por ao menos R$ 400 milhões)
No ano, serão 1.100 novas contratações diretas, mais da metade voltadas à área de tecnologia. Com isso, o iFood chegará a 8.600 colaboradores até março de 2026, um crescimento de 19% sobre o ano anterior.
É o terceiro ano consecutivo que o iFood investe mais de R$ 10 bilhões: em 2024 e 2025 foram aportados R$ 10,3 bilhões e R$ 13,6 bilhões, respectivamente.
Ainda assim, os aportes previstos para os próximos meses marcam um novo patamar para a companhia, mostrando o poder de fogo da plataforma que foi lançada em 2011 e como concorrentes e novos entrantes terão um trabalho difícil pela frente para ganhar mercado.
A chinesa Meituan está estruturando sua estreia no mercado nacional com uma promessa de investir US$ 1 bilhão (cerca de R$ 5 bilhões) em cinco anos, por meio da plataforma Keeta, com foco em crescimento acelerado e taxas agressivas.
O Rappi, por sua vez, anunciou um plano de R$ 1,4 bilhão até 2028, com isenção de taxas para restaurantes, expansão geográfica e aposta em entregas ultrarrápidas.
"Ultrapassarmos os R$ 10 bilhões em investimentos pelo terceiro ano consecutivo não é apenas uma marca significativa, é a prova de que nossa operação cresce de forma sustentável, gerando impacto positivo na economia e fortalecendo cada parceiro em nossa rede", afirmou Diego Barreto, CEO do iFood.
Segundo a empresa, a expectativa é que os ganhos com entregadores parceiros que atuam pela plataforma somem R$ 5,2 bilhões neste ano fiscal, um avanço de 27% em relação ao ano passado. Hoje, são cerca de 400 mil entregadores na base.
O ecossistema do iFood conta com 55 milhões de clientes ativos, presença em 1.500 cidadese uma média de 120 milhões de pedidos por mês.