Rio Sul: Iguatemi vai deter 16% do ativo (Shopping Rio Sul/Reprodução)
Repórter Exame IN
Publicado em 8 de julho de 2024 às 19h05.
Última atualização em 9 de julho de 2024 às 11h00.
Depois de uma reviravolta que tirou a Allos do páreo, foi o Iguatemi quem levou a melhor e ficou com uma fatia do Shopping RioSul, na capital fluminense.
O investimento do Iguatemi será de R$ 360 milhões, avaliando o primeiro shopping center do Rio de Janeiro em R$ 2,4 bilhões. O negócio, que faz a companhia colocar os pés no Rio novamente, acontece depois de o Iguatemi vender sua participação no Iguatemi São Carlos e uma fatia de 18% no Iguatemi Alphaville.
O Iguatemi celebrou acordo com a Combrashop, dona de 46% do shopping, para participar do investimento destinado à aquisição de totalidade das ações da Brasc, veículo da Brookfield, em meio ao processo de desinvestimentos da canadense. A Brasc detém 54% no empreendimento.
O Iguatemi participará da operação em conjunto com o fundo de investimento imobiliário BB Premium Malls, do Banco do Brasil.
Em maio, a Allos, em um consórcio composto também por fundos imobiliários do BTG Pactual (do mesmo grupo de controle da EXAME), Vinci, XP e Capitânia, havia assinado um memorando para comprar a fatia da canadense, mas a Combrashop decidiu exercer o direito de preferência – o que levou à suspensão das negociações.
A companhia e o fundo farão a subscrição de Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) de emissão de uma sociedade da qual a Combrashop é dona de todas as quotas representativas do seu capital social. Os recursos vão ser usados para comprar as ações da Brookfield.
Após a conclusão da operação, as participações serão as seguintes: Combrashop (50,1%), Iguatemi (16,6%) e BB Premium Malls (33,3%). O Iguatemi também será o administrador do shopping.
Em junho, quando o negócio foi suspenso, a Allos ainda afirmava ter interesse no ativo.
A Combrashop teve assessoria do Safra na compra da fatia da Brookfield e no acordo com o Iguatemi e BB Premium, incluindo a emissão de títulos de CRI.