Bolsas americanas: empresas brasileiras buscam maior liquidez e alcance global. (Nubank/Divulgação)
Editora do EXAME IN
Publicado em 14 de fevereiro de 2024 às 15h02.
Uma decisão do MSCI, gigante global que produz índices que servem de referência para negociação de ativos em todo o mundo, pode trazer um fluxo de bilhões de dólares para empresas brasileiras listadas fora do Brasil.
A partir de agosto poderão compor o MSCI Brazil também empresas nacionais negociadas em bolsas estrangeiras. Nubank, Stone, XP e PagSeguro têm “altas chances de inclusão”, escreveram os estrategistas do Morgan Stanley liderados por Nikolaj Lippmann.
Os papéis têm o maior volume de negociação entre as brasileiras listadas nos Estados Unidos. Eles avaliam que a mudança na metodologia pode trazer um influxo de US$ 4,7 bilhões para essas quatro ações.
A nova metodologia é um “divisor de águas para o mercado brasileiros de ações”, disse o Morgan Stanley em nota a clilentes, já que as empresas brasileiras vão poder ter acesso ao mercado americano e ao mesmo tempo se beneficiar do fluxo passivo que acompanha esse tipo de benchmarks.
Índices como o MSCI Brazil são usados para balizar ETFs e outros produtos usados por investidores que querem ter exposição ao país, sem necessariamente se posicionar em nenhum tipo de ação em específico. Quando as ações são incluídas nos índices, isso gera um fluxo comprador que puxa os preços para cima.
A decisão, anunciada na segunda-feira de Carnaval, já trouxe um fluxo positivo para os papéis das potenciais afetadas. O maior beneficiário é Nubank, que sobe desde ontem, na contramão da queda das bolsas americanas em meio aos temores de que a inflação pressionada possa atrasar os cortes de juros por parte do Fed.