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MRV: com forte demanda, follow-on sai a R$ 12,80 e levanta R$ 1 bilhão

Oferta subsequente levou todo o lote adicional

MRV: oferta saiu no teto do anunciado na semana passada (Germano Lüders/Exame)

MRV: oferta saiu no teto do anunciado na semana passada (Germano Lüders/Exame)

Karina Souza
Karina Souza

Repórter Exame IN

Publicado em 13 de julho de 2023 às 18h30.

Última atualização em 13 de julho de 2023 às 18h53.

O ânimo do mercado com a janela de ofertas continua. Nesta quinta, a MRV levantou R$ 1 bilhão com o follow-on primário anunciado no dia 6 de julho. As ações saíram a R$ 12,80, mesmo preço da data de anúncio e desconto de 1,5% em relação ao fechamento de hoje. A oferta levou tanto o lote base quanto o adicional (hot issue, no jargão) e somou 77,9 milhões de ações.

Com a injeção de capital no caixa, o objetivo principal da construtora é melhorar a estrutura de capital. No final do primeiro trimestre, a alavancagem tinha passado de 2,3 vezes para 8,2 vezes, na esteira do salto da dívida líquida da companhia, que subiu 71%, para R$ 5,54 bilhões.

Em entrevista ao EXAME In no início deste ano, Eduardo Fischer, CEO da MRV, tinha a expectativa de que 2023 fosse um ano de alívio para a empresa. Depois de um ano de queda de VGV e queima de caixa quadruplicada, a esperança de novas medidas para habitação. Nesta quinta-feira, não custa lembrar, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou o projeto de lei que recria o Minha Casa, Minha Vida, uma das principais fontes de receita para a construtora.

O foco em rentabilidade foi uma das principais promessas do executivo em evento a investidores realizado no início deste ano. No mês passado, a companhia divulgou a prévia de resultados de venda de abril e maio, na qual apontou receita líquida de R$ 1,5 bilhão, aumento de 4% em relação ao trimestre anterior  e de 20% ano a ano.

"Os números reportados respondem por 75% de nossa estimativa de vendas para o segundo trimestre deste ano e, se o ritmo for mantido, a cifra pode ficar 10% acima de nossas estimativas. São pontos que reforçam nossa visão de que a empresa está no caminho para a recuperação operacional", afirmaram os analistas Daniel Gasparete, André Dibe, Mariangela Castro e Alejandro Fuchs, do Itaú BBA, em relatório.

A empresa está avaliada hoje a R$ 7,05 bilhões na B3. No ano, os papéis acumulam alta de 75,9%.

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