“O propósito de nossas empresas é aplicar ciências exatas para melhorar a relação entre marcas e pessoas”, diz Ghiraldini (Raphael Rodrigues/Divulgação)
Angela Bittencourt
Publicado em 22 de julho de 2021 às 10h01.
Última atualização em 22 de julho de 2021 às 10h20.
Parece uma sopa de letrinhas, mas não é. Três ‘maths’ decidiram se juntar para melhorar a relação entre marcas e pessoas nas áreas de marketing, mídia digital e tecnologia. E usando ciências exatas. A Math Ads, Math Mkt e Math Tech criaram uma holding, a MATH, 100% brasileira, com o objetivo de crescer 400% em cinco anos, atingido R$ 100 milhões de faturamento.
Esse é mais um passo na trajetória de expansão iniciada no ano passado, quando a empresa de ciência de dados Math Marketing e a Conectt – há 26 anos no mercado – decidiram incorporar a Uords, especializada em estratégias de marketing. O investimento na Uords, em outubro de 2020, foi de R$ 1 milhão. Para a ampliação do grupo – hoje rebatizado de MATH – o investimento em curso neste ano é de R$ 5 milhões.
Com um porfólio de clientes que inclui Santander, Itaú, BV Financeira, OLX, YDUQS, Grupo SEB, CNA, Unimed, Deeply em Portugal e STIHL, a MATH tem três investimentos engatilhados para os próximos 240 dias, mas ainda não passíveis de divulgação, informa ao EXAME IN, Marcel Ghiraldini, VP Growth da MATH.
O executivo explica que a holding é, na prática, resultado do alto crescimento e product market fit da Math Marketing, originalmente uma spin-off da Conectt e a incorporação da Uords, além da revisão estratégica da presença da empresa na Europa. A MATH tem escritórios na Europa e América e atua em vinte países, otimizando a estrutura de dados de empresas de diversos setores, ativos e mídias digitais para aceleração de crescimento dos negócios.
“Decidimos rever nosso posicionamento de mercado e passamos por um diagnóstico com stakeholders: clientes, sócios, equipe e parceiros. E entendemos que temos um propósito único para todas as nossas empresas: a aplicação de ciências exatas para melhorar as relações entre marcas e pessoas”, diz Ghiraldini.
Em entrevista ao EXAME IN, o executivo pondera que na vida, a ciência se faz a partir de teste de hipóteses e evidências. Essas evidências se traduzem em dados, as hipóteses viram teses e consequentemente modelos. Esse raciocínio pode ser usado desde a prescrição de uma dieta ou para melhorar as relações de marcas e pessoas.
“Nós escolhemos a segunda possibilidade e levamos em conta desde experimentos em micro momentos (somo o melhor texto de um anúncio) até quais as pistas que um cliente dá que aumenta sua propensão a deixar uma marca. Ao criar as teses, separamos os dados que importam, Right Data no lugar de Big Data, e podemos realizar novos experimentos que melhorar essas relações e geram mais valor a todos os envolvidos”, explica Ghiraldini.
O executivo acrescenta que o grupo possui unidades específicas de atuação. A Math Mkt conecta o ciclo de marketing e vendas para melhorar as relações entre marcas e seus públicos, por meio de inteligência de dados; a Math Ads potencializa resultados através de mídias digitais para que as marcas sejam relevantes para seus consumidores e mercados; e a Math Tech aplica tecnologia para criação de ativos digitais e organização de dados em projetos que aproximam marcas e pessoas.
Um case da MATH envolveu um dos maiores bancos do país para viabilizar a reestruturação de sua venda online de cartões de crédito e implementar um modelo de medição e visualização de resultados em tempo real, que contemplasse investimentos em mídia digital, análise de dados web e integração com sistemas internos para uma execução orientada de dados. Uma as soluções encontradas foi a implementação de uma operação de analytics e data Science como parte da mesa de performance de cartões. E a MATH foi integrada a essa mesa com outras áreas, para acompanhar a evolução da plataforma de vendas e refinar as análises.
A abordagem resultou no crescimento do volume de vendas de cartões aprovados ao mês de 500 unidades para 20 mil unidades, redução do custo de aquisição de cartões, criação de um canal de vendas específico para correntistas de 3 mil cartões ao mês e aumento nas operações em ATMs.
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