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Luciano Huck será conselheiro consultivo do Banco Pan

Banco Pan já é o segundo maior digital do país, com 12,4 milhões de clientes, e carteira de crédito superior a R$ 32 bilhões

Luciano Huck: expectativa de contribuir com soluções inovadoras e compreensão sobre o brasileiro (Sandra Blaser/WEF/Flickr)

Luciano Huck: expectativa de contribuir com soluções inovadoras e compreensão sobre o brasileiro (Sandra Blaser/WEF/Flickr)

GV

Graziella Valenti

Publicado em 2 de setembro de 2021 às 18h30.

Última atualização em 3 de setembro de 2021 às 10h57.

Que o Banco Pan se modernizou todo mundo já sabe. A instituição, que nasceu como Baú Financeira dentro do Grupo Silvio Santos na década de 60, é hoje o segundo maior banco digital do país, com 12,4 milhões de clientes e mais de R$ 22 bilhões de valor de mercado. A novidade é que após uma década do duplo resgate, pela Caixa e pelo BTG Pactual (do mesmo grupo de controle da Exame), agora vai modernizar também seu apresentador. O Pan voltará a frequentar as tardes de domingo dos brasileiros na televisão, dessa vez com o apresentador Luciano Huck.

Mas Huck será muito mais do que garoto propaganda. Ele conquistou posição estratégica na instituição, por meio de um pacote  de remuneração de longo prazo alinhado à valorização das ações da instituição. Obviamente não dará expediente no banco. Será membro consultivo do conselho de administração e membro consultivo do comitê de marketing.

A ideia é que seu perfil de empreendedor e comunicador contribua não apenas na difusão da marca Pan, mas também com ideias inovadoras de produtos e serviços. “Luciano conhece o Brasil como poucos e tem um perfil super inovador”, destaca o presidente do Banco Pan, Carlos Eduardo Pereira Guimarães, conhecido como Cadu, em entrevista ao EXAME IN.

Apesar da presença marcante da marca Pan no programa de Huck aos domingos, na TV Globo, o apresentador fará a divulgação em todas as frentes e canais, sem nenhum compromisso de exclusividade com a emissora para essa parceria. O contrato é de longo prazo, ou seja, mais de 12 meses. Mais do que isso, porém, ninguém conta. Valores, prazos e detalhes são sigilosos. “O Luciano vem para acelerar o crescimento do banco ao nosso lado, a partir dessa fundação sólida do negócio que construímos”, reforça Cadu.

"Andando pelo país, aprendi muito com os brasileiros, sobre suas alegrias e também suas dores. Me junto ao Banco Pan com um olhar complementar na definição estratégica não só de produtos financeiros, mas também de educação, inclusão e criação de ferramentas que gerem mais oportunidades à sociedade. O Pan já desempenha um trabalho sério nesse sentido e é uma honra poder unir esforços em prol dessa causa", comenta Luciano Huck, em nota à imprensa. O apresentador comandou o “Caldeirão do Huck” por vinte anos, programa com recordes de audiências nas tardes de sábado. Agora, se prepara para estrear o “Domingão com Huck”, no dia 5 de setembro.

Dos 12,4 milhões de clientes do Pan, 8,4 milhões são clientes de “banking”, ou seja, com conta bancária e cartão de crédito. A diferença são usuários que contrataram produtos de crédito (berço do negócio), mas que ainda não tem conta bancária. “Esses números não têm dupla contagem de CPF”, gaba-se o presidente, que reforça o desempenho ao longo do segundo trimestre. “Registramos uma média de 40 mil novos clientes por dia útil. Nosso aplicativo foi o segundo mais baixado de bancos digitais.”

O papel de Huck será não apenas expandir a base de clientes, como também ampliar o engajamento desse usuário com os diversos produtos da casa, justamente para divulgar a diversidade da instituição. O Pan atua em crédito pessoal, consignado, financiamento de veículos e também como banco digital completo de serviços transacionais, além de ser uma plataforma de seguros. Como novas frentes, tem planos para o segmento de educação e de saúde, como a recente parceria pela qual os clientes podem contratar para si e seus familiares uma assistência médica para alguns tipos de exames e teleconsultas por R$ 10 por usuário.

O objetivo é que Huck ajude o Pan no seu plano de “liderar a inclusão financeira das famílias brasileiras”, conforme conta Cadu. “Mas não estamos aqui falando dos desbancarizados. São pessoas que já têm conta bancária, mas que não conhecem e não usam ainda as diversas facilidades do sistema financeiro.”

Apesar de ter no berço de sua fundação o segmento de crédito, a frente transacional — de conta concorrente — tornou-se um negócio importante. “Ela traz uma maior proximidade do cliente e além de mais informações sobre seu comportamento”, diz o presidente.

O Pan rivaliza a segunda posição em número de clientes com o Banco Inter, porém os indicadores operacionais o colocam em ampla vantagem. A instituição terminou junho com mais R$ 42 bilhões em ativos totais e uma carteira de crédito superior a R$ 32 bilhões. O retorno sobre patrimônio (ROE), que foi de 11,4% no segundo trimestre de 2020, alcançou 14,7% no intervalo de abril a junho deste ano. Já o Inter, que vale mais de R$ 57 bilhões na B3, encerrou o semestre com 12 milhões de usuários (cadastrados), para R$ 30 bilhões em ativos e uma carteira de crédito de R$ 13,3 bilhões.

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