Log: empresa já vendeu R$ 765 milhões em galpões neste ano (Log/Divulgação)
Editora do EXAME IN
Publicado em 29 de julho de 2024 às 20h21.
A Log acaba de anunciar a venda mais um galpão, dessa vez em Goiânia, com 42 mil metros quadrados, para um fundo imobiliário do Pátria, o HGLG11, que pertencia com Credit Suisse, por R$ 135 milhões.
A transação chama atenção pela margem bruta, que chegou a 47,4% — de longe a maior da sequência de desinvestimentos que a companhia vem fazendo desde o ano passado para financiar sua expansão com projetos greenfield.
Ao todo, a Log já vendeu R$ 765 milhões em ativos neste ano.
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Num cenário de juros elevados e ação a preços deprimidos, o plano é financiar os R$ 900 milhões previstos em investimentos neste ano com a venda de ativos, que tem saído a cap rates cada vez mais atrativos, em meio à demanda por ativos de qualidade por parte de fundos imobiliários.
Além disso, a companhia tem conseguido segurar os custos construção, o que está aumentando o retorno sobre o capital investido e aberto uma boca de jacaré na rentabilidade das vendas.
“Para cada metro quadrado que eu vendo, eu consigo construir um metro e meio”, disse o CEO Sérgio Fischer em entrevista recente ao INSIGHT.
Segundo ele, a Log pode avançar ainda mais no seu plano de desinvestimentos anunciado, com parte dos recursos voltados para recompras de ações. A empresa é avaliada com um desconto de cerca de 40% o valor dos ativos na bolsa.
A transação anunciada hoje tem uma estrutura de seller finance, em que o ativo é transferido no momento do fechamento, mas o pagamento acontece em parcelas. O FII vai pagar 40% do valor no fechamento da transação, uma segunda parcela de 30% em abril e os outros 30% depois de doze meses do fechamento — nos dois últimos casos, com parcelas corrigidas pelo IPCA.
Neste ano, a Log está entregando 500 mil metros quadrados em área bruta locável neste ano, completando a meta de 1,5 milhão de m2 de ABL em cinco anos. A meta é entregar mais 2 milhões de m2 em ABL entre 2025 e 2028.
As duas transações anteriores, para fundos do BTG e do Inter, tinham saído com margem bruta de 41%. Os cerca de R$ 1,2 bilhão em desinvestimentos no ano passado tiveram um indicador na casa dos 30%.