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Itaú BBA dá ‘compra’ para Inter e vê ROE entre 15% e 20%

Com resultados consistentemente acima do esperado, banco da família Menin vem entregando crescimento, rentabilidade e eficiência e deve se beneficiar de ciclo mais favorável para crédito, aponta o Itaú; ações sobem 3,5%

Inter: PIX financiado não vai ser bala de prata, mas deve aumentar rentabilidade (Inter/Divulgação)

Inter: PIX financiado não vai ser bala de prata, mas deve aumentar rentabilidade (Inter/Divulgação)

Natalia Viri
Natalia Viri

Editora do EXAME IN

Publicado em 21 de maio de 2024 às 17h23.

Última atualização em 21 de maio de 2024 às 18h20.

O Itaú BBA elevou a recomendação para as ações do Inter de neutro para compra, elevando seu preço-alvo para os papéis no fim do ano de US$ 6,52 para US$ 8 – um potencial de alta de 20% em relação ao preço de tela.

Depois de dois anos difíceis em 2021 e 2022, marcado por um ciclo de crédito mais adverso, o banco da família Menin agora acertou a mão em precificação e gestão de passivos – e deve se beneficiar de um cenário mais benigno daqui para frente.

“Sempre percebemos o Inter como uma ótima plataforma bancário e um dos dois vencedores entre os bancos digitais no Brasil”, escreveu a equipe do Itaú BBA em relatório. “Levou algum tempo, mas o potencial está finalmente chegando à superfície.”

O analista Pedro Leduc ressalta que o Inter está entregando suas promessas tanto em termos de receita, eficiência e rentabilidade. O retorno sobre patrimônio, que era próximo de zero chegou a 10% no primeiro trimestre.

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Segundo ele, se na primeira pernada até os 10% a rentabilidade foi garantida por corte de custos, agora é o crescimento da carteira de crédito ponderada pelo risco que deve garantir o novo salto.

“Os próximos 12 meses provavelmente vão combinar um portfólio de NIM [margem com receita de juros] com menor custo de crédito, levando o ROE para o patamar de 15% a 20% em 2025”, afirma a equipe do Itaú.

As ações responderam e fecharam em alta de 3,5% na Nasdaq, cotadas a US$ 6,75.

Depois de resultados acima do consenso por quatro trimestres consecutivos, Leduc elevou as projeções para o lucro do Inter em 11% neste ano, para R$ 1 bilhão, e 24% para o próximo, em R$ 1,5 bilhão.

O analista reconhece o múltiplo de 1,5 vez o valor patrimonial a que o Inter é negociado não é “uma barganha” – mas a expectativa de crescimento de 50% no lucro por ação nos próximos dois anos justifica o call.

Hoje, o papel do Inter está negociado a 15 vezes o lucro de 2024 e 10 vezes para 2025.

“Pensando num cenário mais amplo de consolidação, o Inter é um ativo altamente estratégico que deve manter valor”, alerta ainda o Itaú.

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