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GPA levanta R$ 700 milhões em follow-on; ex-CEO entra na oferta

Papel saiu a R$ 3,20, desconto de 4% em relação à cotação de fechamento; Ronaldo Iabrudi, ex-CEO e chairman, será acionista relevante, com cerca de 5%

GPA: Oferta traz alívio para a alavancagem do grupo, que estava em 5,1 vezes o EBITDA ao fim do 4º tri (Foto: Divulgação)

GPA: Oferta traz alívio para a alavancagem do grupo, que estava em 5,1 vezes o EBITDA ao fim do 4º tri (Foto: Divulgação)

Publicado em 13 de março de 2024 às 18h47.

Última atualização em 13 de março de 2024 às 23h06.

O GPA, dono das bandeiras Pão de Açúcar e Extra, acaba de fechar seu follow-on, numa operação que vai colocar R$ 704 milhões no seu caixa – um pouco acima da oferta-base que era de R$ 500 milhões, mas longe do topo, que podia chegar a R$ 1 bilhão.

Segundo fontes próximas da companhia, o ex-CEO e ex-chairman do grupo, Ronaldo Iabrudi, entrou na oferta e vai se tornar um acionista relevante. A alocação final ainda está sendo definida, ele deve aportar entre R$ 70 milhões e R$ 80 milhões, o que lhe daria uma participação ao redor dos 5% da companhia.

A operação marca também a redução de participação do Casino, que não acompanhou a captação, e teve sua fatia diluída de 41% para 24%.

Com uma demanda de duas vezes o book, a ação saiu de R$ 3,20, um desconto de 4% em relação à cotação de hoje, quando já tinha registrado queda de 3,20%, entre as maiores do Ibovespa. Já antecipando uma diluição brutal (que ficou em 44%), o mercado vinha punindo o papel desde dezembro, quando a intenção de realizar a oferta foi anunciada. De lá para cá, a queda é de quase 25%.

A companhia tinha um alto percentual de posições short (apostando na queda), de mais de 40 milhões de ações, o que representa quase um quinto da quantidade de papéis emitidos. Boa parte deve ser coberta na oferta.

Os recursos levantados hoje devem ajudar a reduzir o endividamento do Grupo Pão de Açúcar, o que tem sido uma das principais missões do CEO Marcelo Pimentel, desde que assumiu em março de 2022 com o plano de fazer uma reestruturação da varejista.

Com os recursos, o endividamento, que era de 5,1 vezes o Ebitda ao fim de 2023, deve passar para algo mais próximo da 4,5 vezes, nos cálculos de analistas. Ao fim do ano passado, a dívida líquida da companhia era de R$ 6,6 bilhões. Considerando os recursos captados com a venda de Éxito e CNova, o indicador iria para 3,9 vezes. O grupo estuda ainda a venda de postos de gasolina e da sede, que podem trazer mais de R$ 450 milhões para o caixa.

Itaú BBA (líder), BTG, Bradesco, JPMorgan e Santander coordenaram o follow-on. 

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