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Fintech israelense chega ao Brasil como alternativa ao WhatsApp Pay

A PayKey permite que bancos ofereçam aos clientes a possibilidade de transferir dinheiro direto pelo teclado do smartphone

PayKey: empresa tem 30 bancos parceiros ao redor do mundo e presta serviços para mais de 50 milhões de usuários finais
 (PayKey/Divulgação)

PayKey: empresa tem 30 bancos parceiros ao redor do mundo e presta serviços para mais de 50 milhões de usuários finais (PayKey/Divulgação)

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Carolina Ingizza

Publicado em 6 de agosto de 2021 às 08h55.

Entrar no Brasil é um passo quase que natural para a fintech israelense PayKey. A empresa, fundada em 2015, é pioneira em um serviço que permite transações financeiras direto pelo teclado do celular — com a tecnologia, dá para transferir dinheiro e conferir o saldo em conta sem sair da conversa com os amigos. O Brasil, com sua população fanática por redes sociais e aberta a novidades tecnológicas financeiras, é um mercado em potencial gigantesco para a fintech, que acumula mais de 30 bancos parceiros e 50 milhões de usuários do seu serviço.

"Vendemos para bancos ao redor do mundo, mas a América Latina e o Sudeste Asiático, por terem uma população que usa muito o mobile como principal dispositivo de acesso à internet, são nossos grandes alvos", diz Sheila Kagan, presidente da fintech, ao EXAME IN.

A PayKey desembarca no Brasil três meses depois que um concorrente de peso começou a operar com uma ferramenta parecida: o WhatsApp, que tem 160 milhões de usuários brasileiros. Em maio, a empresa americana, em parceria com a Cielo e bancos como o Banco do Brasil, Banco Inter, Bradesco, Itaú, e Nubank, lançou o WhatsApp Pay no Brasil, que permite que pessoas transfiram dinheiro entre si pelo aplicativo de conversas.

Antes que a solução do grupo Facebook se consolidasse por aqui, a fintech israelense decidiu entrar no mercado como uma alternativa para os bancos. Para a executiva da PayKey, o modelo criado pelo WhatsApp, que lembra uma transação virtual com cartão de débito, deixa as instituições de pagamento fora do centro da operação. “A nossa solução permite que os bancos ofereçam aos clientes a mesma ferramenta, só que participando ativamente de transação e aprendendo mais sobre o perfil do cliente”, diz Kagan.

Sheila Kagan, presidente da PayKey:  (PayKey)

No modelo da fintech israelense, os clientes dos bancos parceiros recebem acesso ao teclado da PayKey no momento em que atualizam o app da instituição financeira. No dia a dia, podem acessar a ferramenta diretamente nas conversas, sem precisar trocar de tela. Segundo a empresa, toda a segurança e os dados das transações são garantidos pelos bancos, o que impede que as redes sociais obtenham informações sensíveis sobre os usuários.

Antes de colocar o produto na rua, a PayKey fez alguns ajustes para atender a hábitos de uso comuns no Brasil. Segundo Eduardo Bilman, responsável pelas vendas no país, a fintech criou um dispositivo que permite que amigos possam dividir a conta de um jantar entre si de maneira rápida e fácil nos grupos de conversa. Além disso, criou integrações para permitir que os usuários acessem a câmera para fazer a leitura de um QR Code durante uma live de venda de produtos.

Até então, a fintech fechou um contrato com uma instituição financeira brasileira, mas não revela o nome do parceiro. A meta, segundo a presidente, é ter pelo menos cinco grandes clientes no país nos próximos 12 meses. “Aos poucos, vamos adicionando novas funções ao produto. O objetivo é que cada parceiro possa oferecer aos seus clientes todos os produtos digitais de que precisam”, diz a executiva.

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