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Exclusivo: Caixa Seguridade sonda bancos para follow-on de cerca de R$ 2 bi

Operação será integralmente secundária, com venda de ações da Caixa, para enquadrar free-float e aumentar liquidez dos papéis

Natalia Viri
Natalia Viri

Editora do EXAME IN

Publicado em 20 de setembro de 2024 às 11h34.

Última atualização em 20 de setembro de 2024 às 11h46.

A Caixa Seguridade começou a sondar bancos oficialmente para uma oferta subsequente de ações que deve movimentar cerca de R$ 2 bilhões, segundo fontes de mercado ouvidas pelo INSIGHT.

A ideia é lançar a operação nas próximas semanas, para aproveitar a melhora do humor dos investidores da B3, a janela aberta com o fim das férias no Hemisfério Norte e a redução dos juros nos Estados Unidos.

A operação será integralmente secundária, com venda de uma fatia da Caixa para enquadrar a companhia no free-float mínimo do Novo Mercado, de 20%, e ampliar a liquidez dos papéis. Hoje, esse patamar está em 17,25%.

Se vendidos apenas os 2,75%, a operação movimentaria R$ 1,2 bilhão no valuation atual, mas a Caixa está disposta a vender um valor maior para encorpar a oferta.

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A Caixa Seguridade está próxima da máxima histórica, com alta de 30% nos últimos 12 meses e 50% desde o IPO – um dos poucos da sofrida leva de 2021 a ter bom desempenho.

A intenção é que a operação também ajude aumentar a liquidez dos papéis e a formar uma base acionária mais sólida, trazendo investidores institucionais mais pesados.

Na oferta inicial, houve uma grande concentração das vendas em investidores de varejo: cerca de 50% dos papéis, contra uma média de 10% nas ofertas feitas à época.

A oferta deve ser uma das poucas na atual janela. A Eneva deve dar largada a uma oferta subsequente de até R$ 4,2 bilhões na próxima semana, com expectativa de precificação por volta do dia 10.

Neste ano, até agora a B3 foi palco de oito operações subsequentes, que totalizaram R$ 22 bilhões. O grande destaque ficou por conta da privatização da Sabesp, responsável por dois terços do valor, de R$ 14,8 bilhões.

Nos IPOs, a seca segue prolongada. Entre banqueiros, a expectativa é que o ano encerre mais uma vez no zero a zero para as listagens na Bolsa brasileira, prolongando um hiato que se estende desde meados de 2021.

A oferta da Moove, empresa de lubrificantes da Cosan na Nyse, deve ser um ponto fora da curva – e menos uma empresa a puxar a fila. “É uma empresa com um perfil muito específico, internacionalizada, com receita lá fora e empresas comparáveis”, diz um banqueiro. “Não tem muito espaço para outras empresas como essa.”

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