Energisa: Ações sobem 20% em 12 meses (Energisa/Divulgação)
Editora do EXAME IN
Publicado em 18 de janeiro de 2024 às 16h18.
Última atualização em 18 de janeiro de 2024 às 18h43.
A Energisa acaba de confirmar a intenção de realizar uma oferta subsequente de cerca de R$ 2 bilhões, a ser lançada oficialmente amanhã após o fechamento do pregão. O follow-on será integralmente primário, com os recursos indo para o caixa da companhia, que estava com uma alavancagem elevada, de 3,3 vezes o EBITDA ao fim do terceiro trimestre.
Em fato relevante divulgado há pouco, a distribuidora de energia afirmou que a Gipar, holding da família Botelho e que é maior acionista da companhia, com 27,7% do capital, vai acompanhar a operação de modo a manter sua participação inalterada.Em 12 meses, as ações da Energisa sobem 20%.
"A alavancagem não é preocupante, mas acaba impedindo a empresa de aproveitar outras oportunidades que possam aparecer", afirma um analista que acompanha a ação. A Coelce, distribuidora de energia do Ceará controlada pela Enel, é um ativo que pode voltar a ser colocado a venda em algum momento. A Energisa já sinalizou ainda a intenção de ampliar sua participação em distribuição de gás. A empresa é dona da ES Gás, cuja aquisição foi concluída há pouco mais de seis meses. A empresa atua ainda em transmissão de energia, segmento que tem um amplo pipeline de leilões previtos para os próximos meses.
A informação da oferta foi adiantada pelo site Pipeline e levou a uma queda de mais de 5% das units. Por volta das 16h, os papéis negociavam em baixa de 4%, ainda entre as maiores quedas do Ibovespa.
A operação é o primeiro follow-on do ano, num mercado que começa a se abrir para novas operações. A expectativa é que as ofertas subsequentes devem testar o mercado de abrir caminho para IPOs, esperados mais para o segundo semestre.
A Energisa contratou como coordenadores da operação o Itaú BBA, líder do sindicato, formado ainda por Bank of America Merrill Lynch, Bradesco BBI, BTG Pactual, Citi, J.P. Morgan e Scotiabank.