Exame IN

Em sua maior aquisição, GPS compra GRSA e entra forte em alimentação

Líder em serviços de manutenção, limpeza e segurança, grupo adiciona R$ 3,3 bilhões em receita bruta -- e vai bater de frente com Sodexo e Sapore

IPO do Grupo GPS: Desde a listagem, em abril de 2021, ações avançam 43% (Foto: Divulgação) (GPS/Divulgação)

IPO do Grupo GPS: Desde a listagem, em abril de 2021, ações avançam 43% (Foto: Divulgação) (GPS/Divulgação)

Natalia Viri
Natalia Viri

Editora do Exame INSIGHT

Publicado em 28 de março de 2024 às 09h31.

Última atualização em 28 de março de 2024 às 11h56.

O Grupo GPS, líder em serviços de limpeza, manutenção e segurança, está comprando a GRSA, uma das líderes em catering e restaurantes corporativos do país – numa aquisição transformacional que dá escala e acesso a um segmento complementar a seu core business.

O negócio é o maior já fechado pelo GPS, e vai adicionar R$ 3,3 bilhões em receita bruta à companhia que faturou R$ 11,5 bilhões em 2023.

Uma máquina de aquisições, a GPS vem consolidando o mercado de serviços prediais. Desde o IPO, há três anos, a companhia tinha já tinha feito 22 aquisições, que trouxeram R$ 4,8 bilhões em receita.

O GPS já vinha molhando o pé no setor de catering, mas com transações menores, como a aquisição da LC Restaurantes e da Marfood.

Com a GRSA, que pertencia com à multinacional britânica Compass Group, a companhia agora briga de frente com a Sodexo e a Sapore por um mercado que movimenta R$ 27 bilhões por ano no país.

As sinergias do segmento de facilites e de alimentação corporativa são óbvias, a começar pela venda cruzada de serviços. O segmento de catering também é intensivo em mão de obra, que em facilities chegada a representar 80% do custo -- mas também tem um componente importante de insumos.

LEIA MAIS:

“Com a aquisição da GRSA, a GPS traz uma expertise, uma escala e um poder de compra importante para atuar no segmento”, afirma uma fonte próxima à companhia.

A GPS não abriu qual o valor da aquisição, mas segundo o INSIGHT apurou, ela será feita em dinheiro, sem troca de ações.

O segmento de catering é menor e mais concentrado que o de facilities no Brasil – um mercado endereçável de R$ 250 bilhões de acordo com dados da AT Kearney. Líder em manutenção, limpeza e segurança, a GPS tem 5% de share.

A integração entre os segmentos é uma aposta das companhias do setor. De olho em um IPO, a Sapore está ampliando sua presença no setor de facilities.

No ano passado, comprou a Branco Branco, uma operação ainda relativamente pequena, com faturamento de R$ 100 milhões, mas que dá entrada em 20 Estados do Brasil. O plano é que a operação sirva como uma plataforma para M&A no segmento.

Acompanhe tudo sobre:Fusões e AquisiçõesMercadosEmpresasGPS

Mais de Exame IN

Fim do 'shutdown' não resolve apagão de dados, diz Meera Pandit, do JP Morgan

Avon podia ter salvado Natura do tombo, mas ainda não estava pronta

BTG Pactual bate novos recordes no 3º trimestre e lucra R$ 4,5 bilhões

Nem Cook, nem Musk: como Huang, da Nvidia, virou o maior aliado de Trump