Loggi: a companhia recebeu um aporte de R$ 1,15 bilhão em fevereiro para acelerar sua expansão nacional (Germano Lüders/Exame)
Carolina Ingizza
Publicado em 6 de agosto de 2021 às 18h00.
Última atualização em 9 de agosto de 2021 às 10h39.
Nesta semana, o unicórnio brasileiro de logística e transporte Loggi chegou à última capital do país em que ainda não atuava: Rio Branco, no Acre. A marca coroa um movimento de expansão da empresa que tem acontecido com mais força desde fevereiro, quando ela captou um aporte de R$ 1,15 bilhão em uma rodada liderada pela CapSur Capital.
“Pela primeira vez, temos presença em todas as capitais do país. Isso é muito relevante para o nosso objetivo de conectar o Brasil e democratizar o acesso à logística”, diz ao EXAME IN Flávia Freitas, gerente de expansão da companhia.
Mas não foram só as 26 capitais e o Distrito Federal que ganharam a atenção da Loggi em 2021. Em janeiro deste ano, a empresa estava em 637 municípios brasileiros. Ao final de julho, já eram mais de 2.100 cidades, que concentram 157 milhões de pessoas, cerca de 75% da população.
A expansão se dá em um modelo misto, que combina agências próprias e parceiros, adotado desde 2019. Em regiões em que não faz sentido investir em uma equipe própria, a Loggi faz parcerias com transportadores pequenos, chamadas de Leves, que conhecem bem a região e podem garantir a entrega rápida dos pedidos usando a sua tecnologia.
Para a Loggi, estar em todos os estados é a retomada de um sonho antigo do cofundador Fabien Mendez de levar a empresa para as mais de 5.000 cidades brasileiras. Desde março do ano passado, quando a pandemia provocou um boom no e-commerce brasileiro, o volume de pedidos processados pela companhia deu um salto sem precedentes, forçando a empresa a parar sua expansão geográfica para poder dar conta da demanda. Só em 2020, a Loggi investiu R$ 150 milhões na abertura de seis novos centros de distribuição.
Com o aporte reforçando o caixa e possibilitando mais investimentos em infraestrutura, foi possível para a Loggi estabelecer a meta de chegar a 3.000 cidades até dezembro deste ano. Considerando a expansão do primeiro semestre, não deve ser difícil para a companhia cumprir o objetivo. Ao longo dos últimos seis meses, a empresa abriu mais sete novos centros de distribuição, o último deles inaugurado na última semana em Curitiba, no Paraná.
Em paralelo, o volume de pedidos transacionados pela empresa continuou aumentando: houve uma alta de 60% no primeiro semestre em relação ao mesmo período do ano anterior, segundo Freitas. Para poder assimilar o aumento, a companhia reforçou o seu quadro de funcionários. Eram 2.000 empregados em fevereiro e agora são quase 3.000.
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