Exame IN

De Cris Junqueira a Livia Chanes: a ambição global e o simbolismo da nova CEO do Nubank

Chegada da ex-country manager à diretoria executiva mostra o tamanho da operação brasileira e reforça a estratégia da fintech de crescer no México e na Colômbia

Nubank: Livia Chanes vira nova CEO da fintech no Brasil (Divulgação/Site Exame)

Nubank: Livia Chanes vira nova CEO da fintech no Brasil (Divulgação/Site Exame)

Raquel Brandão
Raquel Brandão

Repórter Exame IN

Publicado em 22 de janeiro de 2024 às 15h54.

Última atualização em 22 de janeiro de 2024 às 16h54.

Até então líder de operações (ou country manager) do Nubank no Brasil, Livia Chanes passou a integrar a diretoria executiva da Nu Holdings, com a posição de CEO Brasil. O anúncio feito hoje pelo banco digital pode parecer uma mudança sutil, mas, para além da retórica, simboliza a ambição global da companhia -- e a presença de lideranças femininas no negócio.

O cargo de CEO da operação brasileira como integrante da diretoria executiva não existia oficialmente. Era um papel desempenhado por Cristina Junqueira, uma das fundadoras do roxinho, que também é Chief Growth Officer, de olho no crescimento da companhia.

Com o novo cargo de CEO ocupado por Chanes, Junqueira passa a dar ainda mais foco na estratégia de expansão internacional. Mais recentemente, a banqueira tem focado no ganho de escala nas operações do México, que já conta com 4,3 milhões de clientes, e da Colômbia, que acabou de receber a licença para operar como instituição financeira.

Embora haja um risco de execução considerável, a direção do banco acredita que o México pode ser outro Brasil. Cerca de 50% da população mexicana não tem conta bancária, a penetração de cartão de crédito é de apenas 12%, mas os mexicanos são uma das sociedades mais ativas digitalmente – o oceano ideal para o banco digital pescar.

A chegada de Chanes à diretoria executiva também coroa o sucesso do trabalho dela à frente da operação brasileira. Ex-Itaú, Chanes chegou ao Nubank há quatro anos como vice-presidente de produtos. No segundo semestre de 2022 assumiu como country manager. De lá para cá conquistou 20 milhões de clientes e fez do Nubank um dos maiores do país em números de clientes, com 78 milhões de correntistas ao fim de 2023, superando o banco mais antigo do país, o Banco do Brasil.

“Sempre acreditei no poder de criar e executar soluções de grande impacto, sempre priorizando o bem-estar e a descomplicação da vida financeira dos nossos clientes. Quase metade da população adulta brasileira é cliente Nu e estamos focados em continuar avançando nosso market share em diversos produtos, alavancando a tecnologia em favor do consumidor”, diz a agora CEO do Nubank Brasil em nota.

Negociadas na NYSE, a Bolsa de Valores de Nova York, as ações do Nubank acumulam valorização de 128% nos últimos 12 meses.

Acompanhe tudo sobre:MercadosEmpresasNubankBancos

Mais de Exame IN

Mais Porto, menos Seguro: Diversificação leva companhia a novo patamar na bolsa

Na Natura &Co, leilão garantido e uma semana decisiva para o futuro da Avon

UBS vai contra o consenso e dá "venda" em Embraer; ações lideram queda do Ibovespa

O "excesso de contexto" que enfraquece a esquerda