Disneyland em Paris, França: com parques fechados por causa da pandemia, empresa busca reforçar o caixa (Foto/Getty Images)
Graziella Valenti
Publicado em 14 de abril de 2020 às 16h08.
Última atualização em 14 de abril de 2020 às 21h04.
A Disney levantou 5 bilhões de dólares em uma linha de crédito com o Citibank. O contrato foi selado no dia 10, mas divulgado apenas ontem à noite ao mercado. A operação é garantida pela holding TWDC Enterprises. A linha está disponível para uso por 365 dias, até 9 de abril de 2021, portanto. Os recursos, porém, podem ser pré-pagos antes sem nenhum ônus pela empresa.
A companhia, ícone da indústria do entretenimento, vem sofrendo dramaticamente com a pandemia do novo coronavírus, que causa a infecção respiratória covid-19. No dia 12 de março, a empresa fechou sua maior operação, na Florida, e também em Paris. Na Ásia, as unidades estavam paradas desde o início da crise com o novo coronavírus. Conforme publicou o New York Times, analistas estimam que a companhia esteja perdendo quase 1 bilhão de receita por mês.
Ao todo, as propriedades da empresa do Mickey receberam 157 milhões de visitantes em 2018, segundo a Themed Entertainment Association (TEA), que acompanha a movimentação do setor. No mesmo ano, os parques também foram responsáveis pela metade dos quase 60 bilhões de dólares faturados pela empresa.
Para fornecer os recursos, o Citibank exige que a Disney consiga manter padrões de liquidez durante o próximo ano. A relação entre o Ebitda da empresa e o serviço da dívida, ou seja, o gasto com juros, precisa ficar entre 3 vezes e 1 vez, no máximo, no fechamento dos próximos quatro trimestres.
Segundo comunicado da empresa, o custo da operação ficou em linha com a média para suas emissões públicas, entre 0,875% e 1,5% para euro e de 0,0% a 0,5% para dólar.