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Com Forever 21, Shein amplia acesso ao varejo físico

Varejista asiática comprou um terço do Sparc Group, operadora da marca de fast fashion da Califórnia

Loja física da Shein, em Madri, na Espanha:  empresa fechou parceria para ter 2 mil fábricas produzindo 85% de seus produtos (Cezaro De Luca/Europa Press/Getty Images)

Loja física da Shein, em Madri, na Espanha: empresa fechou parceria para ter 2 mil fábricas produzindo 85% de seus produtos (Cezaro De Luca/Europa Press/Getty Images)

Raquel Brandão
Raquel Brandão

Repórter Exame IN

Publicado em 24 de agosto de 2023 às 15h38.

Última atualização em 24 de agosto de 2023 às 17h41.

A Shein agora está com a Forever 21. A varejista on-line de moda asiática anunciou hoje a compra de um terço da Sparc Group, que é operadora da marca de fast fashion da Califórnia.

A Sparc, por sua vez, está adquirindo uma participação minoritária na Shein, que foi avaliada em US$ 66 bilhões em uma rodada de financiamento no início deste ano.

A Sparc é uma joint venture entre a empresa de gestão de marcas Authentic Brands Group e a proprietária de shopping centers Simon Property Group.

A Sparc produz e distribui produtos para sete das marcas da Authentic, que além da Forever 21 incluem Aéropostale, Nautica, Lucky Brand, Brooks Brothers, Eddie Bauer e Reebok.

Juntas, as duas marcas com forte relação com o público jovem de moda, compartilharão conhecimento de mercado e dados. A Forever 21, por exemplo, terá acesso aos hábitos e informações de 150 milhões de clientes da Shein.

Já a asiática, além de ter uma marca nova para vender em seu ecossistema, ganha pontos físicos em alguns dos países em que opera para retirada e devolução de encomendas feitas em sua plataforma.

A Forever 21 tem 560 lojas em todo o mundo, sendo 414 nos Estados Unidos, o mercado-alvo da Shein nesse acordo.

A Forever 21 já operou no Brasil, mas saiu do país na metade de 2022. Já a Shein vem ampliando sua presença no país e incomodando as varejistas de moda brasileiras. Para os analistas do Itaú BBA, a notícia é mista. Por um lado, a Shein sinaliza a importância do varejo físico, o que deve ser visto como um resultado positivo para as ações das varejistas de moda brasileiras. "Por outro lado, se a Shein fechasse um acordo com uma empresa brasileira, isso definitivamente tornaria o ambiente competitivo mais desafiador para aqueles que não são seu parceiro", diz o relatório do banco.

A empresa fechou parceria para ter 2 mil fábricas produzindo 85% de seus produtos localmente, o que incluiu um acordo com a Coteminas, do presidente da Fiesp, Josué Gomes. Hoje, já são 200 fábricas em operação.

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