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BTG tem novo tri recorde, com wealth e crédito como destaques; ROE vai a 23,5%

Lucro avança 17% no terceiro trimestre na comparação anual, para R$ 3,2 bilhões; receita sobe 14% e chega a R$ 6,4 bi

BTG: Captaçao líquida de recursos ficou em R$ 78 bi, com recorde para wealth, sem considerar aquisições (Rafael Henrique/SOPA Images/LightRocket/Getty Images)

BTG: Captaçao líquida de recursos ficou em R$ 78 bi, com recorde para wealth, sem considerar aquisições (Rafael Henrique/SOPA Images/LightRocket/Getty Images)

Natalia Viri
Natalia Viri

Editora do EXAME IN

Publicado em 12 de novembro de 2024 às 06h07.

Última atualização em 12 de novembro de 2024 às 07h26.

O BTG (do mesmo grupo que controla a Exame) renovou seu recorde de lucro, chegando a R$ 3,2 bilhões, alta de 17% em relação ao mesmo período do ano passado. O resultado veio um pouco acima do consenso, mas com um qualitativo forte, marcado por forte crescimento nas áreas de wealth management e de crédito.

As receitas totais do banco cresceram 14%, com avanço em praticamente todas as linhas de negócios, para R$ 6,4 bilhões. A alavancagem operacional trouxe o retorno sobre patrimônio ajustado (ROAE) para o maior patamar dos últimos anos, a 23,5%, 1 ponto percentual acima do trimestre anterior.

No wealth, o faturamento passou pela primeira vez a barreira de R$ 1 bilhão, com alta de 27% na comparação anual e de 12% trimestre contra trimestre. A captação líquida de recursos foi de R$ 47,3 bilhões, acima do patamar de cerca de R$ 30 bilhões que o banco vinha reportando trimestralmente.

É o maior valor histórico de net new money da área, sem considerar aquisições. No primeiro trimestre, a captação líquida tinha superado este patamar, mas os números incluíam a incorporação da Órama.

Puxada principalmente pela renda fixa, a área de asset management também teve recorde de receita, com avanço de 30% em bases anuais, para R$ 606,4 milhões e captação líquida de R$ 30,6 bilhões.

Com crescimento robusto de R$ 31% na carteira de crédito, para R$ 210 bilhões, a área de corporate lending foi outro destaque, se consolidando como a área de maior faturamento do BTG, chegando a R$ 1,71 bilhão, avanço de 29,5% na comparação anual.

O faturamento já tinha superado o de sales and trading no último trimestre, que tinha sido mais fraco no segmento por conta da abordagem mais conservadora em relação à gestão de risco.

Neste tri, contudo, mesmo com o VaR no menor nível histórico, a 0,16%, o bom desempenho da franquia de clientes se traduziu em um aumento de 15% na receita, para R$ 1,67 bilhão.

Em investment banking, a receita ficou em R$ 380 milhões, queda de cerca de 30% também na comparação anual quanto na trimestral, em meio a um desempenho mais modesto na área de dívida, que tinha tido um crescimento forte no primeiro semestre.

O Índice de Basileia fechou o terceiro trimestre em 16,4%.

No período, o banco fez uma emissão importante, de R$ 2 bilhões em notas financeiras perpétuas, a CDI+1,3%, aumentando o capital nível I em aproximadamente 50 pontos-base. Em outubro, houve ainda uma emissão de US$ 500 milhões em títulos de dívida sênior a uma taxa fixa de 5,875% ao ano e vencimento em cinco anos.

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