Bonds do governo: títulos são chamados de sustentáveis porque os recursos vão ser usados tanto para objetivos ambientais (verdes) quanto sociais (Getty Images/Reprodução)
Editora do EXAME IN
Publicado em 13 de novembro de 2023 às 19h24.
Última atualização em 27 de dezembro de 2023 às 17h26.
Na sua primeira emissão com características ESG, o Tesouro brasileiro captou US$ 2 bilhões com um bônus soberano sustentável de sete anos. O título saiu com uma taxa de 6,5% ao ano — um pouco acima dos 6,33% a que o título tradicional de mesmo vencimento negocia no mercado secundário.
Havia uma expectativa de que a emissão pudesse contar com um “prêmio verde”, ou seja, um desconto na taxa, que não se materializou. “A operação foi precificada como um título tradicional”, aponta um gestor.
O spread foi de 181,9 pontos base acima da Treasury (taxa de juros americana) de referência, o menor nível em novas emissões em quase uma década, segundo o Tesouro Nacional.
O cupom ficou em 6,25% ao ano, acima dos 6% ao ano da última emissão soberana, em abril deste ano, com vencimento em 2033. De lá para cá, no entanto, a taxa de juros americana, quer serve de benchmark, disparou. A emissão foi realizada ao preço de 98,572% do seu valor de face.
Os títulos são chamados de sustentáveis porque os recursos vão ser usados tanto para objetivos ambientais (verdes) quanto sociais. O governo lançou um framework de emissões sustentáveis em setembro, definindo as áreas em que os recursos podem ser aplicados.